Acerte na escolha do seu plano de previdência
preciso optar pelos tipos PGBL ou VGBL, que indicam seu perfil fiscal e no a rentabilidade. Veja qual deles se encaixa no seu caso
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247_Os planos de previdência privada estão em alta na carteira de investimentos do brasileiro. Eles acumularam R$ 61,8 bilhões em depósitos nos tipos Vida Gerador de Benefícios Livre (VGBL) e Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL) até maio deste ano. Desse montante, quase 90% estão direcionados para o produto VGBL. Isso significa que essa é a mais rentável das escolhas que devem ser feitas para o futuro? Não é bem assim. O volume financeiro em cada um deles não está relacionado à rentabilidade, mas ao perfil fiscal do investidor. Quando se vai a uma seguradora, essa é uma das mais importantes respostas para dar início à acumulação do patrimônio para o futuro. Mas como saber qual deles escolher?
A resposta está no documento enviado todos os anos para a Receita Federal. É preciso ter certeza sobre qual é a sua declaração anual do imposto de renda. Os modelos simples ou completo vão ajuda-lo a decidir o tipo de plano de previdência. O VGBL, que cresceu 22% em volume de aplicações no ano passado e 23,6% nos cinco primeiros meses deste ano, é direcionado para quem é isento de imposto de renda, ou seja, para aqueles com renda anual inferior a R$ 13,3 mil. Com essa opção, não será possível deduzir a aplicação da previdência do imposto a pagar anualmente. A mordida do leão só virá na hora do resgate, o que é uma vantagem. Primeiro porque é possível acumular mais ao longo do tempo. E, segundo, que o imposto será pago apenas sobre os rendimentos e não sobre o total acumulado. Aquele dinheirinho depositado todos os meses ou de tempos em tempos que sai do seu bolso fica livre dessas taxas.
Esses são os motivos para a concentração de recursos no VGBL. Ele é direcionado para um número maior de investidores, que entregam a declaração anual simplificada de IR e não precisam do desconto com o leão. Por outro lado, o “concorrente” PGBL é direcionado para quem utiliza o modelo completo de declaração (Saiba mais no quadro: Entenda as diferenças). Ele foi criado para permitir um abatimento de até 12% da renda bruta anual. Mas, da mesma forma que o outro modelo, ele permite uma acumulação praticamente limpa de impostos, o que no longo prazo vai fazer o investidor ganhar mais. Na hora do resgate, fique atento à tabela regressiva de pagamento, que cai de 35% para 10% dependendo do seu tempo de acumulação. Quanto maior o prazo, menor o imposto.
Escolhido o tipo PGBL ou VGBL que se encaixa no seu perfil fiscal, os gestores da seguradora vão cuidar da rentabilidade do seu plano de previdência. Para alcançar a renda escolhida para a sua aposentadoria, será preparada uma estratégia de investimentos em renda fixa e variável somada aos depósitos periódicos, que muitas vezes começam em R$ 50. Mas é preciso checar se haverá ou não a cobrança de taxa de carregamento. Esse custo varia de 3% a 5% de todo o valor depositado para compensar as instituições financeiras pelas despesas de corretagem e venda dos planos. Portanto, a cada R$ 100 aplicados, R$ 95 ou R$ 97 entram de fato no seu patrimônio – variação que depende da seguradora. Mas algumas instituições aceitam negociar a isenção dessa taxa conforme o total e o valor aplicados. O que não dá para escapar é do pagamento da taxa de administração, que compensa o gestor pelo seu trabalho de multiplicação dos recursos. Uma vez por ano até 2% serão deduzidos da sua previdência privada. Mas não se assuste. Os custos existem em todas as aplicações financeiras, embora somente a previdência tenha a vantagem fiscal que permite acumular sem pagar o IR até o resgate.
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