Ação da PM goiana que matou quatro na Chapada dos Veadeiros causa revolta: 50 tiros, 48 de fuzil

Testemunha relatou em áudio que homens já estavam rendidos, quando foram mortos durante operação policial em Goiás

(Foto: Reprodução)


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247, com informações do Metrópoles - A Polícia Militar disparou 58 vezes, sendo que 40 tiros de fuzil. durante ação policial que terminou com quatro mortes na região da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

O motivo da operação foi uma plantação de maconha, que foi queimada pelos próprios militares pouco depois das mortes. Os PMs afirmaram no boletim de ocorrência que havia cerca de 2 mil pés, mas algumas horas depois corrigiram o cálculo para entre 500 e 600.

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Morreram na operação Alan Pereira de Soares, de 27 anos, Antônio da Cunha dos Santos, de 35, Ozanir Batista da Silva, de 46, e Salviano Souza Conceição, de 63.

Familiares e amigos das vítimas rebatem essa versão, já que os quatro homens mortos eram conhecidos por estilo de vida pacato e não tinham histórico de violência. Umas das testemunhas relatou em um áudio que não houve reação por parte das vítimas no momento da abordagem. A polícia, no entanto, diz que os suspeitos estavam armados com quatro revólveres e uma espingarda na última quinta-feira (20), entre as cidades de Cavalcante e Colinas do Sul.

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“Falaram para os meninos deitar. Os meninos deitaram. Falaram que os meninos correram para o mato, mas os meninos não correram. Em momento algum os meninos reagiram. Até porque nem arma eles tinham. As armas todas, você sabe que foram plantadas. Já estavam com os meninos todos praticamente presos. Eles mataram porque quiseram, não porque os meninos reagiram. Em momento algum eles reagiram”, afirmou a esposa de uma das vítimas, que está grávida, estava na fazenda no momento da operação policial.

Amigos e familiares das vítimas realizaram protesto no último domingo (23) para pedir justiça. A manifestação ocorreu na Vila São Jorge, em Alto Paraíso, de onde eram as vítimas Salviano e Ozanir (Jacaré). Alan era de Colinas do Sul e Antônio (Chico) de uma comunidade quilombola.

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