A queda de Signori
Ex-astro da Azzurra e vice-campeo mundial em 1994, o atacante um dos protagonistas de novo escndalo de manipulao de resultados no futebol italiano
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 – Mutretas, golpes e maracutaias, todos sabem, fazem parte da história dos bastidores do futebol brasileiro, mas os cartolas, empresários e malandros de beira de gramados nativos são verdadeiras vestais se comparados aos seus pares italianos. A terra de Roberto Baggio não se cansa de gerar escândalos ligados à manipulação de resultados de partidas. Primeiro, em 1980, veio à tona o Tottonero – que custou a carreira do goleiro Albertosi e a suspensão do artilheiro Paolo Rossi –, depois, em meados desta década, eclodiu o Calciopoli, responsável pelo primeiro rebaixamento na história da poderosa Juventus de Turim. Agora, nesta terça-feira, 16 figuras ligadas ao calcio foram presas pela mesmíssima razão: envolvimento com máfias de apostas.
A quadrilha contava com um personagem ilustre, Giuseppe “Beppe” Signori, de 43 anos. Astro do Foggia e da Lazio, nos anos 1990, o atacante foi três vezes artilheiro da Série A do Campeonato Italiano, assinalando um total de 188 tentos, e integrou o elenco da Azzurra vice-campeão mundial nos Estados Unidos, em 1994, participando de todas as partidas, à exceção da final. “Tenham piedade, por favor”, disse o ex-craque, envergonhado, ao ser abordado por jornalistas, nesta manhã, ao ser detido por policiais.
Signori acabou marcando um vergonhoso gol contra em seu currículo brilhante ao integrar uma “organização criminosa” – na definição das autoridades italianas –, que manipulou resultados de 18 partidas: cinco na Segunda Divisão, 12 da Liga Pro, eufemismo da Terceira Divisão, e até mesmo um confronto na Série A, entre Internazionale e Lecce. Além dele, figuram na máfia o ex-jogador Stefano Bettarini – que defendeu o Bolonha, a Sampdoria e o Parma, entre outras equipes – e Doni, capitão do Atalanta, que acaba de se sagrar campeão da Série B e voltará à elite italiana. Colegas de Doni e atletas do vice-campeão da segundona, o Siena, também estão na mira das investigações.
Além de fraudar resultados, a gangue chegou a colocar em risco a vida de jogadores. Em uma partida da Liga Pro, um dos envolvidos no esquema de fraudes colocou um calmante nas bebidas dos atletas da Cremonese, causando enjoos a cinco. O expediente, provavelmente, foi inspirado na água “batizada” que Diego Maradona e seus companheiros de Seleção Argentina servira aos brasileiros – o lateral-esquerdo Branco, entre eles – durante a partida pelas oitavas de final do Mundial da Itália, em 1990, vencida pelos platinos. Desta vez, contudo, os espertalhões se deram mal
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247