A Ku Klux Klan dos estádios
Jogadores brasileiros so vtimas de discriminao no bero da civilizao ocidental
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Neste domingo, Neymar foi o astro do amistoso entre Brasil e Escócia, que acabou em 2 a 0 para a Seleção Brasileira. O jovem atacante, de 19 anos, fez os dois gols da vitória e provou que vai longe. O domingo tinha tudo para ser perfeito para a Joia santista. Tinha, se ele não tivesse sido vítima de uma gravíssima manifestação de racismo da torcida adversária.
No Emirates Stadium, em Londres, durante todo o tempo de jogo, Neymar foi vaiado e, quando foi substituído por Renato Augusto recebeu uma banana jogada pelos escoceses. "Ficamos totalmente tristes com isso. Não é bom sair do país e ver coisas assim. É melhor nem tocar no assunto", comentou o atacante.
Esta não foi a primeira e certamente não será a última manifestação de preconceito racial dirigida a um jogador dentro de uma arena européia. Triste. Os futebolistas brasileiros sempre foram admirados e muito bem recebidos em todo o mundo. Mas agora as torcidas do berço da civilização ocidental resolveram evocar a Ku Klax Klan nos estádios. Xingam, gritam absurdos discriminatórios e até inventaram um novo “esporte”: lançamento de bananas contra atletas.
Na última segunda-feira (21), na Rússia, um torcedor do Zenit, de São Petersburgo, ofereceu uma banana ao veterano lateral-esquerdo Roberto Carlos, recém-contratado pelo Anzhi, equipe da cidade de Makhachkala, na região do Daguestão. Diante da ocasião, o atacante Vágner Love, do CSKA de Moscou, lembrou que os torcedores do Zenit sempre foram os mais radicais do país. “Infelizmente em São Petersburgo esses casos de racismo são comuns. Eles ficam fazendo barulho de macaco quando jogadores negros pegam na bola. Além disso, há uma grande rivalidade deles com os moscovitas”, revelou o atacante.
A torcida do Zenit é conhecida por atitudes racistas, e mantém o seguinte lema: "Não há preto nas cores do Zenit". As cores oficiais da equipe são azul e branco. Veladamente os dirigentes admitem que não contratam jogadores negros para evitar problemas com os torcedores. A federação russa ameaçou os clubes do país, antes do início do Campeonato Russo, com punições de seis pontos, caso suas torcidas cometessem atos racistas. O torcedor foi banido do Petrovskiy Stadium e teve anulado o direito de adquirir ingressos para os jogos do Zenit.
No último dia 19, foi a vez de outro lateral-esquerdo brasileiro sofrer agressões verbais na europa. Marcelo, do Real Madrid, foi chamado de "macaco" durante a vitória de seu time diante do Atlético de Madri, por 2 a 1, no clássico da capital espanhola disputado no estádio Vicente Calderón, em Madri.
De acordo com os jornais espanhóis AS e Marca, um grupo de torcedores do Atlético ofendeu o brasileiro com gritos de “macaco” a cada toque de bola do lateral. Após ouvir os insultos, Marcelo bateu palmas em direção à torcida do Atlético em sinal de ironia.
Hoje, durante o terrível fato ocorrido no Emirates, o brasileiro Lucas, que atua pelo Liverpool e jogou contra a Seleção Brasileira na partida, lamentou o ato de racismo por parte da torcida e retirou a fruta do campo. Um belo gesto do meio-campista. "Acredito que o racismo no mundo que vivemos hoje não tem mais espaço. E na Europa, que dizem ser primeiro mundo, é onde acontecem mais essas coisas. Hoje, cor e raça não querem dizer nada. Só pedimos respeito", disse.
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