(Vídeo) Alvo de racismo, jogador Vini Júnior manda recado: 'não vou parar de bailar'. Pelé se solidariza

"Começaram a criminalizar minhas danças", afirmou o brasileiro, do Real Madrid. Pelé apoiou o joagdor. "Não permitiremos que isso nos impeça de continuar sorrindo"

Jogador Vini Júnior
Jogador Vini Júnior (Foto: Reprodução (Twitter))


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247 - Vítima de racismo na Espanha, o jogador brasileiro Vini Júnior, do Real Madrid, disse nesta sexta-feira (16) que não vai parar de fazer danças ao comemorar seus gols e afirmou que é necessário "celebrar a diversidade cultural no mundo".

"Há semanas, começaram a criminalizar minhas danças. Danças que não são minhas. São do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo", afirmou. "Não vou parar de 'bailar'". 

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"'Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra'. Tenho essa frase tatuada no corpo e tenho atitude na minha vida que transforma essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto brasileiro, vitorioso na Europa, incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso, meu brilho nos olhos são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo numa só declaração. Mas nada disso começou ontem", disse. 

O ex-jogador Pelé escreveu no Twitter uma mensagem de solidariedade a Vini Júnior. "O futebol é alegria. É uma dança. É uma verdadeira festa. Apesar de que o racismo ainda exista, não permitiremos que isso nos impeça de continuar sorrindo. E nós continuaremos combatendo o racismo desta forma: lutando pelo nosso direito de sermos felizes".

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Saiba mais

A frase citada pelo jogador Vini Júnior "enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra" é do ex-imperador da Etiópia Haile Sellassie (1982-1975), negro tido por milhares de seguidores como símbolo da luta pelos direitos humanos dentro do seu país e no continente africano. Sellassie também é tido pelo movimento rastafari como um Deus encarnado. Após assumir o poder na Etiópia, ele foi chamado de Rás Tafari (prefixo 'ras' quer dizer 'príncipe' e 'tafari' significa 'respeito').

 

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