Roland-Garros: Bia Haddad faz história
"Número 14 surpreende Jabeur e se torna a primeira mulher brasileira a chegar às semifinais de Roland-Garros na Era Aberta", destaca texto divulgado pelo torneio

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Roland-Garros - Beatriz Haddad Maia se tornou a primeira mulher brasileira a alcançar as semifinais em Roland-Garros na era aberta depois de surpreender Ons Jabeur por 3-6, 7-6(5), 6-1 nesta quarta-feira (7).
A cabeça de chave número 14, que jogou a partida feminina mais longa do ano na rodada anterior, deslanchou no terceiro set para se tornar a primeira brasileira a chegar às últimas quatro de um Grand Slam desde Maria Bueno em 1968 no US Open.
História da partida - A vice-campeã em Wimbledon e no US Open do ano passado, Jabeur entrou na partida como favorita, tendo vencido o único encontro anterior delas, em Stuttgart, em abril, em apenas uma hora.
Vestida com seu habitual conjunto de saia marrom e blusa vermelha, a tunisiana começou bem, quebrando para 2-0 graças a alguns golpes de forehand potentes, apenas para Haddad Maia, canhota, quebrar imediatamente de volta.
Jabeur rapidamente retomou o controle, com seu forehand causando danos significativos. Uma brilhante passada cruzada de forehand preparou uma quebra para 3-1, e ela salvou dois break points no game seguinte para ampliar sua vantagem.
Bia Haddad havia vencido suas três últimas partidas em Paris em três sets, e ela começou a se encontrar na partida, mantendo o saque e quebrando de volta para 4-3.
Jabeur ainda tinha a vantagem, no entanto, e ela quebrou novamente para 5-3 e, após um primeiro ace, fechou o set com um winner de forehand após 43 minutos.
Após cinco quebras de serviço no primeiro set, ambas as mulheres encontraram seu ritmo no início do segundo set.
Bia Haddad tentou variar sua linha de ataque, batendo mais com efeito e ângulos, mas ela não conseguiu quebrar o saque de Jabeur, que cedeu apenas três pontos em seus cinco primeiros games de serviço do set.
A pressão estava aumentando sobre Bia Haddad, mas ela estava muito sólida, salvando dois break points para liderar por 6-5. A brasileira acertou um poderoso retorno de backhand para ter um set point, apenas para enviar um forehand para fora das linhas de quadra, enquanto Jabeur segurava o saque.
No entanto, o momentum estava começando a mudar, e depois de abrir 3-0 no tiebreak, Bia Haddad se manteve firme e venceu por 7-5, levando a partida para o set decisivo.
Jabeur salvou dois break points no início do terceiro set, mas de repente parecia cansada e Bia Haddad quebrou, antes de confirmar o saque para fazer 2-0. O estresse estava visível no rosto da tunisiana, e com seu segundo serviço fácil de ser atacado, Bia Haddad não hesitou, acertando um winner de devolução para quebrar novamente e fazer 3-0.
Jabeur parecia desanimada, mas se deu esperança quando quebrou de volta com uma ótima devolução de forehand. A esperança foi passageira, no entanto, já que Bia Haddad continuou a pressionar a tunisiana com tudo o que tinha, e embora Jabeur tenha salvo três break points, um forehand cruzado maravilhoso em ângulo lhe deu uma segunda quebra novamente.
Um vencedor com a rede a seu favor em 4-1 deu a Jabeur 15-30, e ela teve quatro break points, mas não conseguiu convertê-los.
Aquela foi a última chance de Jabeur. Bia Haddad rapidamente chegou a três match points, e embora Jabeur tenha salvado um, ela enviou um forehand muito além da linha de base, concedendo a Bia Haddad uma vitória impressionante. A brasileira ficou em choque, com as mãos no rosto, quase incapaz de acreditar no que tinha conquistado.
Estatísticas-chave - Bia Haddad atacou o segundo serviço de Jabeur. No segundo set, Jabeur perdeu apenas um ponto em seu primeiro saque, tamanha era a qualidade de seus posicionamentos. Mas seu segundo saque foi vulnerável o tempo todo, ganhando apenas 36% dos pontos nele no último set, principalmente porque Bia Haddad estava posicionada dentro da linha de base para devolver e tirou seu tempo. A qualidade das devoluções da brasileira também contribuiu para a baixa porcentagem de primeiros serviços de Jabeur, que adicionou ainda mais pressão.
Mirando o forehand de Jabeur - Jabeur teve um dia mediano nos drop shots, e seu forehand se mostrou vulnerável. No total, ela cometeu 25 erros não forçados nesse lado, enquanto Bia Haddad, canhota, foi muito mais sólida, esperando por suas oportunidades e aproveitando-as.
Jabeur ficou sem fôlego - Após o auge do segundo set em termos de estatísticas, o saque de Jabeur pareceu cair no terceiro. No set decisivo, Bia Haddad venceu 12 de 19 pontos no primeiro saque de Jabeur, e a confiança fluía pela brasileira enquanto ela avançava para a vitória.
O que a vencedora disse - Sobre como conseguiu vencer: "gostaria de agradecer a todos que vieram hoje para me apoiar, especialmente os brasileiros".
"Acho que nos Grand Slams temos a chance de descansar por um dia, então tive um dia de folga e tenho uma equipe incrível. Acho que trabalhamos o ano todo para estar neste momento. Lembro que, no meio do segundo set, meu treinador me mostrou o relógio, eram uma hora e meia, e eu pensei: 'OK, talvez eu tenha mais duas horas'. Eu tive que ter paciência, ela é uma das melhores jogadoras do mundo. Estou muito feliz comigo e com minha equipe hoje"
Jabeur: "ela é uma pessoa muito legal, isso significa muito para nós, como jogadoras de tênis feminino, ela nos representa dentro e fora de quadra. Não é fácil jogar contra ela, ela tem altos e baixos às vezes. Eu tive que ser paciente. Não é fácil manter o ritmo dos golpes em duas, três horas. Eu sempre acredito no meu corpo quando os jogos se alongam".
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