Revelados áudios utilizados pela Justiça italiana para condenar Robinho por estupro. Escutas expõem diálogos impactantes
"A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou", diz o ex-jogador em trecho de uma das conversas. Ouça (alerta de gatilho)
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - Em mais um episódio do caso que envolve o ex-jogador Robinho, áudios de conversas entre ele e amigos foram divulgados nesta quarta-feira (14) no podcast "Os grampos de Robinho", do site UOL. Essas gravações serviram como peça-chave do Ministério Público italiano na acusação de estupro contra o ex-atleta brasileiro. Embora Robinho tenha sido condenado a nove anos de prisão, ele continua em liberdade no Brasil. A revelação dos áudios no podcast "UOL Esporte Histórias" nas redes sociais já antecipava o conteúdo delicado exposto: "Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá", disse Robinho em um dos trechos.
A reportagem do UOL procurou Robinho e os demais denunciados para comentar sobre os áudios, mas até o momento eles não se pronunciaram. Segundo o UOL, as falas são contundentes. Em uma determinada parte das conversas captadas pela Justiça italiana em 3 de janeiro de 2014, Robinho nega as acusações e ri: "Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou". Em outro momento, o ex-atacante confirma que viu seus amigos fazendo sexo com a mulher que os acusa de estupro e incrimina os companheiros: "Os muleques que estão f... Olha como Deus é bom. Eu nem toquei na menina, agora eu vi o Rudney rangando ela, e os outros caras rangando ela. Então os caras que rangaram ela vão se f..."
Robinho continua nas gravações afirmando que a acusação recairia apenas sobre um dos envolvidos: "Se ela for acusar, ela vai acusar o Claytinho (Clayton Florêncio dos Santos) que tocou nela. De resto, ninguém tocou nela", concluiu. Em outra conversa com Ricardo Falco, Robinho reforça que não conhece a suposta vítima e comenta como agiria se fosse chamado para depor: "Primeiro, o bagulho faz há um ano. Segundo: não toquei nem nessa menina. Quem tocou nela está lá no Brasil. Vai atrás do pessoal que está lá no Brasil. Ah, quer ir atrás dos caras, pô, vai lá no Brasil lá, irmão. Vai lá no Brasil. O importante é que eu nem conheço essa mina, nem conheço ela. Vê se ela tem meu telefone, se ela já me beijou. Nem conheço."
Mesmo confiante de que o caso não avançaria, Robinho expressa preocupação com a possibilidade da notícia se espalhar pela mídia: "Mas não vai dar nada. Agora se sair no jornal, vou apelar com esses cara". O jogador tenta tranquilizar seus amigos, afirmando que ninguém vai dizer que eles tiveram qualquer envolvimento com a vítima, exceto um deles: "Ninguém vai dizer que vocês fez porra nenhuma com a mina, nem tu (Ricardo Falco) nem o Jairo. Pros moleque vai, pro Seu Claytinho, pro Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto", garantiu o ex-atleta.
Durante o depoimento à polícia italiana, Ricardo Falco, amigo de Robinho e também condenado no caso, foi questionado sobre o envolvimento do jogador brasileiro no episódio e afirmou que Robinho não fez nada de errado: "Não, ele (Robinho) estava na festa, no local, mas e daí? Estava lá participando da festa, no samba, mas não tem nada a ver, não sabe nem quem é."
No final da reportagem do UOL, Robinho liga para seu terceiro amigo envolvido naquela noite. Com mais preocupação, o brasileiro conversa com Alex e questiona os próximos passos da investigação: "E agora? Vai entender se a mina teve filho ou não, ninguém sabe se ela teve, se ela não teve, a polícia não vai falar". Alex rebate o questionamento de Robinho, afirmando que, caso a vítima não tenha um filho, seria a palavra dela contra a deles. Robinho conclui a chamada destacando que a discoteca não possuía câmeras, o que dificultaria a comprovação do suposto estupro: "O cara que o Jairo contratou falou assim, que a única coisa boa é que os caras estão lá no Brasil e na discoteca não tinha câmera, porque se pegasse a câmera, os caras seriam pegos até no Brasil. Como não tinha câmera, vai ficar meio embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não estiver grávida."
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247