Regra sobre uso de maconha por atletas deveria ser revista, diz federação de atletismo

Pedido veio depois que a estrela da modalidade Sha'Carri Richardson perderá os Jogos de Tóquio por um teste antidoping positivo para a substância

Velocista norte-americana Sha'Carri Richardson 
23/05/2021
REUTERS/Lee Smith
Velocista norte-americana Sha'Carri Richardson 23/05/2021 REUTERS/Lee Smith (Foto: LEE SMITH)


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TÓQUIO (Reuters) - As regras sobre o uso de maconha por atletas deveriam ser revistas, disse o presidente da federação internacional de atletismo, Sebastian Coe, nesta terça-feira, depois que a estrela da modalidade Sha'Carri Richardson perderá os Jogos de Tóquio por um teste antidoping positivo para a substância.

A velocista, que tinha o objetivo de se tornar a primeira norte-americana em 25 anos a ganhar o título olímpico feminino dos 100m rasos depois que Marion Jones teve retirado seu ouro de 2000, teve um teste antidoping positivo para maconha no mês passado, depois de alcançar a vitória nos 100m nas eliminatórias olímpicas do atletismo dos Estados Unidos.

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Ela foi suspensa por um mês e teve anulado o resultado das eliminatórias, o que a impediu de participar dos Jogos de Tóquio. Richardson disse à época que fez usou de maconha enquanto lidava com a notícia da morte de sua mãe. Ela também usou a droga no Oregon, onde o uso é permitido.

"Deveria ser", disse Coe a um pequeno grupo de repórteres, nesta terça-feira, quando questionado se a regra deveria ser revista. "É sensato, já que nada é colocado em tábuas de pedra."

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"Você se adapta e ocasionalmente reavalia. A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) é absolutamente a melhor organização para olhar para isso", disse Coe, um ex-bicampeão olímpico dos 1500m.

"Falei com David Howman (o presidente da AIU) sobre isso. A AIU analisará isso à luz das circunstâncias atuais."

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A suspensão de Richardson gerou uma onda de simpatia pela atleta, inclusive do presidente dos EUA Joe Biden, e pedidos por uma revisão das regras antidoping. Os Jogos, agora, acontecerão sem um dos maiores novos nomes do atletismo.

A maconha é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada), mas se os atletas puderem provar que a ingestão não está relacionada ao desempenho, então recebem uma pena mais curta do que os habituais dois ou quatro anos de suspensão para outras substâncias proibidas.

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"Sinto muito por ela", disse Coe. "Perdemos um talento notável. É razoável fazer uma revisão sobre isso. Ela vai se recuperar. É uma derrota para a competição."

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