Procuradoria denuncia técnico que agrediu árbitra assistente
O treinador Rafael Soriano, agora ex-técnico da Desportiva Ferroviária-ES, deu uma cabeçada em uma mulher, assistente de arbitragem. Vídeo
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247 - A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo denunciou, nesta quinta-feira (14), o treinador Rafael Soriano, agora ex-técnico da Desportiva Ferroviária-ES, por ter agredido a árbitra assistente Marcielly Netto com uma cabeçada durante o intervalo da partida entre sua equipe e o Nova Venécia pelo Campeonato Capixaba. Ele foi demitido e suspenso preventivamente por 30 dias.
A denúncia teve como base cinco artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), de acordo com informações publicadas nesta quinta pelo jornal O Globo.
254-A, parágrafo 1º, Inciso I e parágrafo 2º, que tratam sobre agressão física durante partida com o desferimento de forma dolosa de soco, cotovela, cabeçada ou golpe similar. O caso é agravado caso haja laudo médico.
258-B, sobre invasão de local destinado à equipe de arbitragem
253-F, trata da ofensa a alguém
258 parágrafo 2º, Inciso II, que legisla sobre conduta contrária à disciplina e ética desportiva
243-G. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
O caso
A súmula da partida, assinada pelo árbitro Arthur Rabelo, apontou que, após o término do primeiro tempo, o treinador foi em direção a equipe de arbitragem e teria dito as seguintes palavras a ele: "Você está de sacanagem porra, foi pênalti ali e você não marcou, você acabou o jogo no escanteio caralho, você não pode fazer isso".
O árbitro afirmou que deu um passo para trás com o objetivo de puxar o cartão vermelho. A assistente Marcielly pediu calma e ouviu: "tira a mão de mim, só porque é mulher vai ficar me encostando, vai se f...".
Marcielly teria pedido a expulsão do treinador. Depois ele partiu na direção dela e lhe acertou uma cabeçada, sendo contido pelo outro assistente, Márcio Berger, e também pelos jogadores de sua equipe.
Desculpas
O treinador pediu desculpas à assistente - os relatos dele foram publicados pelo Globo Esporte. "Estou vindo aqui só agora porque no último dia não tinha a mínima condição de falar, condições emocionais. Quero vir a público pedir perdão à Marcielly, que é a grande vítima de toda essa situação. Assim como eu, ela é uma profissional que saiu para exercer o trabalho, não saímos de casa para se envolver em qualquer tipo de problema", disse.
"Não poderia deixar de pedir perdão à Marcielly. Espero que, depois de responder em todos os meios que são cabíveis, eu tenha a oportunidade de pedir esse perdão pessoalmente e ser perdoado para ficar em paz comigo e com ela".
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