"Não quero indenização, quero prisão", disse mulher que acusa Daniel Alves a advogada

A advogada Ester Garcia López contou que sua cliente tem feito tratamento psiquiátrico e usado antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis

Daniel Alves durante partida entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo do Catar
Daniel Alves durante partida entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo do Catar (Foto: REUTERS/Annegret Hilse)


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247 - Advogada que representa a mulher que teria sido estuprada pelo jogador Daniel Alves contou ao UOL nesta quarta-feira (25) que sua cliente faz questão de não receber indenização do atleta. Ela quer sua prisão.

"Estou farta de que digam que é uma estratégia, para que ela tenha mais credibilidade como denunciante. Eu fiquei impactada, porque eu dou assessoramento jurídico gratuito e logo na primeira visita eu disse tudo a que ela tinha direito, os procedimentos, e a indenização. Eu expliquei logo no primeiro dia, uma semana antes de estourar tudo. Eu lembro do olhar dela. Ela me olhou e disse: "Ester, eu tenho a sorte de ter boas condições de vida, e não quero indenização, quero prisão". Ela foi muito taxativa nisso, e isso me impactou. Eu disse "eu sei, mas você tem direito a indenização, porque houve lesões físicas, e vai haver sequelas, danos morais". E ela insistiu, disse: "Não quero dinheiro". A frase dela foi: "Se tiver dinheiro de indenização envolvido, eu não vou contratar você". Ela, desde o primeiro minuto, me disse que não. Isso ninguém sabe.

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, contou Ester Garcia López, que representa a jovem de 23 anos.

De acordo com a advogada, sua cliente tem feito tratamento psiquiátrico e usado antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis. Segundo a vítima, Daniel Alves não teria utilizado preservativo durante o estupro.

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Ester López relatou que o grande desafio tem sido distanciar sua cliente do noticiário: "tentamos preservá-la a todo custo".

A advogada também explicou os motivos que levaram Daniel Alves à prisão preventiva: "foram três motivos. O primeiro deles é a existência de indícios -indícios, não estamos falando de provas porque é uma fase muito inicial do procedimento- que permitiriam atribuir um suposto delito de agressão sexual, com pena de até 12 anos de prisão. A existência desses indícios corrobora a investigação, que foi efetuada por uma unidade que aqui se chama UCAS (Unidade Central de Agressão Sexual), uma unidade específica da polícia da Catalunha que se dedica a investigar esse tipo de delito. Além das contradições que apresentavam os depoimentos do senhor Alves. O depoimento de nossa cliente não tinha nenhuma falha. Já o dele tinha várias. O segundo motivo foi o risco de fuga. Ele é uma pessoa com capacidade financeira grande, que não residia na Espanha e que tem dupla nacionalidade. Haveria muita dificuldade de extradição para a Espanha caso ele pisasse em território brasileiro. O terceiro motivo foi proteger os bens pessoais da nossa cliente. Preservar a sua identidade e que não houvesse uma obstrução à Justiça".

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