Michel Platini e Joseph Blatter são inocentados em processo sobre corrupção na Fifa

Blatter, que liderou entidade máxima do futebol por 17 anos, e Platini, que dirigiu a Uefa entre 2007 e 2015, foram acusados de pagamentos ilegais da Fifa para o ex-jogador francês

(Foto: © Arquivo/29.05.2015/Reuters/Arnd Wiegmann/Direitos reservados)


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RFI - Após seis anos de investigação e duas semanas de julgamento na Suíça por acusações de fraude, o ex-jogador francês e ex-presidente da Uefa, Michel Platini, e o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, foram absolvidos, nesta sexta-feira (8), por falta de provas. Eles foram inocentados no caso que investigava denúncias de corrupção pelo Tribunal Criminal Federal da cidade de Bellinzona, no sul da Suíça.

Os dois réus, que podiam pegar até cinco anos de prisão, ouviram a sentença em silêncio. Ambos sempre se declararam inocentes.

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Blatter, que liderou a entidade máxima do futebol durante 17 anos, e Platini, que dirigiu a Uefa entre 2007 e 2015, foram acusados de pagamentos ilegais da Fifa para o ex-jogador francês, em 2011, de valores que chegavam a dois milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 11 milhões).

Em meados de junho, a promotoria havia pedido uma condenação de um ano e oito meses de prisão com suspensão condicional, mas os juízes não seguiram essa recomendação. "Um tribunal neutro finalmente decidiu que nenhuma ofensa foi cometida neste caso. Meu cliente está completamente inocentado e aliviado com o resultado", comentou Dominic Nellen, advogado de Michel Platini.

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É o fim de uma saga jurídica que acelerou o término da carreira de Michel Platini. Absolvido de todas as acusações, ele e Joseph "Sepp" Blatter terão direito a uma indenização: 142.000 francos suíços (mais de R$ 700 mil) para o ex-presidente da Uefa e 102.000 francos (cerca de R$ 500 mil) para o ex-chefe da Fifa, conforme relata o enviado especial da RFI a Bellinzona, Jérémie Lanche. 

Platini comemora "vitória"

O ex-capitão e camisa 10 da seleção francesa comemorou em um breve comunicado a vitória na "primeira partida" e voltou a mencionar uma manipulação político-judicial que pretendia afastá-lo do poder. "Neste caso, há culpados que não compareceram ao processo. Que contem comigo, nos veremos novamente", afirmou.

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Michel Platini suspeita de uma manipulação oculta de Gianni Infantino, seu ex-braço direito na Uefa, eleito em 2016 como presidente da Fifa. Desde 2020, Infantino é investigado por participar de três reuniões secretas com o ex-presidente do Ministério Público suíço.

Platini, que venceu três vezes o prêmio Bola de Ouro de melhor jogador, prestou assessoria para Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato do suíço como presidente da Fifa. Em 1999, os dois assinaram um contrato que estipulava uma remuneração anual de 300.000 francos suíços, valor pago integralmente pela Fifa. Em janeiro de 2011, o ex-jogador da Juventus mencionou a existência de "uma dívida de cerca de 2 milhões de francos suíços", descrita como uma "fatura falsa" pela acusação.

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Os dois réus se defenderam dizendo que se tratava de uma sobra de salário pelo trabalho de consultor de Platini, que remonta ao período de 1999 a 2002. Ambos explicaram que, desde o início da parceria, concordaram com um salário anual de um milhão de francos suíços por meio de um "acordo de cavalheiros", verbal e sem testemunhas. O tribunal considerou que a fraude "não ficou estabelecida”, aplicando assim o princípio do Direito que prevê o benefício da dúvida em favor do réu. (Com informações da RFI e AFP)

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