Lei Geral do Esporte causa insatisfação no Congresso e gera incômodo para Lula

Deputados reclamam de falta de participação na sanção da lei e suspeitam de retaliação política

Lula e Ana Moser
Lula e Ana Moser (Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação)


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247 — A sanção da Lei Geral do Esporte, realizada no dia 14, com 134 vetos, trouxe mais um episódio de tensão entre o governo e os parlamentares. Deputados manifestaram descontentamento com a falta de envolvimento da Câmara dos Deputados no processo, questionando por que apenas a relatora do projeto no Senado, Leila Barros (PDT-DF), esteve presente na cerimônia de sanção ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra do Esporte, Ana Moser.

Felipe Carreras (PSB-PE), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Esporte e relator do projeto de lei na Câmara, expressou sua surpresa diante da situação. Ele destacou o amplo debate que ocorreu na Câmara, incluindo a participação de comissões especiais, mais de 30 audiências públicas e envolvimento de entidades esportivas, atletas e árbitros, incluindo o grupo Atletas pelo Brasil, do qual a ministra Ana Moser faz parte. Carreras questionou a quantidade de vetos, chegando a mencionar 134 dispositivos rejeitados.

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Líderes do Centrão interpretaram a ausência dos representantes da Câmara na cerimônia como um desprestígio à instituição e associaram o fato à proximidade entre Carreras e o presidente da Casa, Arthur Lira (AL). O partido de Lira, o PP, reivindica uma maior influência no governo, especificamente a indicação para o Ministério da Saúde, o que tem encontrado resistência no entorno do presidente.

Essa situação gerou desconfiança em relação ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sendo atribuída a ele a nomeação da atual ministra da Saúde, Nísia Trindade. Líderes da Câmara argumentam que, embora o presidente Lula possa ter ignorado esse fato, Padilha, responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso, deveria ter alertado sobre a importância de convidar o relator do projeto na Câmara para a cerimônia de sanção.

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Deputados suspeitam que a falta de convite a Carreras possa ser uma retaliação de Padilha devido à pretensão do PP, liderado por Lira, de ocupar um espaço de maior destaque no governo, em particular o comando do Ministério da Saúde.

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