França quer igualdade de gênero em Olimpíadas de 2024

Paris será a sede do evento esportivo

(Foto: REUTERS/Denis Balibouse)


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Agência Brasil - A busca pela igualdade de gênero será uma das prioridades nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Segundo a embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet, a França estabeleceu como objetivo político para as próximas Olimpíadas a paridade entre atletas homens e mulheres.

“Com relação à paridade de homens e mulheres, não é algo que [o país sede dos Jogos Olímpicos] pode decidir, mas é algo que podemos encorajar, fomentar. É o que está fazendo o Comitê Olímpico Nacional e Desportivo da França com o Comitê Olímpico Internacional”, explicou Brigitte Collet, durante evento para sobre a igualdade de gênero no esporte realizado nesta terça-feira (8), em Brasília.

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De acordo com a embaixadora, a França também quer incluir jovens de áreas menos favorecidas e mostrar que o evento esportivo internacional pode ser realizado com menos impactos ao meio ambiente.

“A França quer que os Jogos Olímpicos sejam exemplo para o mundo, em todos os campos. Com relação à igualdade, quer que isso ocorra entre homens e mulheres na participação dos atletas, também os paralímpicos. Além disso, deve incluir jovens de zonas menos favorecidas da França. O país também quer que sejam jogos referência na proteção do meio ambiente, por exemplo, a França está construindo muito poucas instalações novas. Aproveitando aquilo que já existe, adaptando, acrescentando”, afirmou.

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A França é pioneira nos Jogos Olímpicos. Foi em Paris, em 1900, que as mulheres participaram pela primeira vez de uma Olimpíada. Na ocasião, apenas seis atletas participaram do evento. Desde então, a presença feminina tem crescido. O percentual de mulheres foi de apenas 9% nos Jogos de Los Angeles de 1932, chegou a 45% nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e atingiu seu maior índice, 48,8%, em Tóquio 2020.

Desafios

A vivência das mulheres no esporte é repleta de desafios, avanços e obstáculos. Para a esgrimista Amanda Simeão, participante dos Jogos Olímpicos de 2016, a maternidade é um dos assuntos mais delicados entre as atletas. Muitas adiam o sonho de ser mãe em razão da carreira esportiva.

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“A gente, dentro do esporte, tem que planejar tudo. Cada ciclo [olímpico] que passa são quatro anos e a cada quatro anos, a gente envelhece. Nós, mulheres, temos um relógio biológico e acho que temos que ter um preparo. Dentro do esporte, o que me preocupa não apenas a questão da idade ou de poder estar em uma competição, mas também tem a questão financeira porque se hoje eu engravidar, não vou continuar sendo paga”, argumentou.

De acordo com Amanda, além dos desafios em conciliar treinos, competições e uma gestação, ainda há o risco de que a pontuação da atleta no ranking de sua categoria seja perdido. Há países que “congelam” o ranking por um período determinado após a gravidez. No Brasil, no entanto, é comum que as atletas percam essa pontuação.

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“Por outro lado, vejo muitas atletas que, depois que foram mães, parece que ficam mais ferozes, mães leoas”, conta. “Não vejo que ser atleta e pensar em ser mãe seja algo negativo, mas acho que é necessário um resguardo de que você vai poder voltar e vai ter apoio”, acrescenta.  

Amanda conta que começou no esporte aos 11 anos, quando morava na Itália. Para ela, a determinação e o planejamento são fundamentais na carreira esportiva. "O meu sonho era ser jogadora de futebol e não tinha time feminino. Eu treinava com meninos e tinha vários obstáculos, como tomar banho. Eu tinha que esperar os meninos usarem o banheiro para depois poder usar", conta.

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