Espanha inicia julgamento de Neymar e mais oito por fraude fiscal faltando um mês para a Copa do Mundo

O caso teve início em 2013, quando o atacante foi transferido do Santos para o Barcelona

Neymar durante julgamento em Barcelona 17/10/2022
Neymar durante julgamento em Barcelona 17/10/2022 (Foto: REUTERS/Albert Gea)


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RFI - A cerca de um mês da Copa do Mundo do Catar, o atacante Neymar participa, a partir desta segunda-feira (17), em Barcelona, do julgamento sobre o processo que analisa as irregularidades da sua contratação pelo clube catalão, há quase uma década.

O jogador do Paris Saint-Germain chegou ao tribunal ao lado dos pais, que também são acusados de fraude no caso. O caso teve início em 2013, quando ele foi transferido do Santos para o Barcelona.

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Nesta segunda-feira, será julgada a ação impetrada há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos do atleta quando ele ainda era atacante do clube paulista. De acordo com o cronograma inicial, o depoimento de Neymar está previsto para sexta-feira (21) de outubro ou sexta-feira (28). O documento não indica se ele prestará depoimento de maneira presencial.

Neymar, que a partir de 20 de novembro vai liderar a seleção do Brasil no Mundial do Catar, é acusado de crime de corrupção empresarial pelo Ministério Público, que pede dois anos de prisão e o pagamento de uma multa de € 10 milhões. Seus pais, os ex-presidentes do FC Barcelona Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell - para quem o MP solicita cinco anos de prisão por corrupção e fraude - e o ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues Filho, também são acusados no processo.

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Os outros acusados são três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais de Neymar para administrar sua carreira. Todos foram convocados para a primeira das sete audiências do julgamento, que deve continuar até 31 de outubro. O FC Barcelona anunciou inicialmente que a contratação de Neymar custou € 57,1 milhões (€ 40 milhões para a família e € 17,1 para o Santos), mas, segundo a Justiça espanhola, a operação está avaliada em € 83 milhões.

Restituição

Para o DIS - fundo de investimento esportivo que pertencia ao grupo brasileiro de supermercados Sonda -, o Barça, Neymar e mais tarde o Santos, se aliaram para ocultar o valor real da operação por meio de outros contratos. A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu € 6,8 milhões dos € 17,1 pagos oficialmente ao clube brasileiro.

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"Neymar Júnior, com a conivência de seus pais e do FC Barcelona, e seus dirigentes no momento, e do Santos FC (...) fraudou os legítimos interesses econômicos do DIS", afirmou Paulo Nasser, advogado do empresa, que denuncia que os direitos do jogador "não foram vendidos para a maior proposta".

O DIS pede a restituição dos € 35 milhões que calcula ter perdido por considerar-se duplamente prejudicado: o fundo diz não ter recebido sua parte da transferência real. Além disso, o contrato de exclusividade assinado por Neymar e o Barça impediu outros clubes de disputar a contratação do atacante. O grupo pede ainda cinco anos de prisão para o jogador, Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias.

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Bônus de contratação

Os advogados de Neymar argumentam, no entanto, que o cliente não cometeu nenhum crime, já que os € 40 milhões corresponderam a um "bônus de contratação legal e habitual no mercado do futebol", e questionam se a Espanha tem a competência legal para o caso. O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, deve testemunhar nesta terça-feira (18) por videoconferência para explicar, a pedido do DIS, como o pré-acordo assinado em segredo entre o Barça e o jogador em 2011 influenciou o mercado.

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(Com informações da AFP)

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