Cresce oposição à proibição de protestos no pódio dos Jogos de Tóquio
Carta assinada por atletas e ativistas sociais pede que nenhuma punição seja imposta aos atletas que protestam no pódio no Japão e exige uma revisão da Regra 50 após a Olimpíada de Inverno de Pequim do próximo ano
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Reuters - A oposição à proibição do Comitê Olímpico Internacional a protestos no pódio durante os Jogos de Tóquio se intensificou nesta sexta-feira (23), com mais de 150 atletas, acadêmicos e ativistas de justiça social assinando uma carta aberta exigindo mudanças à Regra 50.
O COI relaxou no começo deste mês a regra que proibia atletas de realizar qualquer protesto, e agora permite que eles façam gestos no campo da competição, desde que não causem perturbações e respeitem os seus colegas competidores.
No entanto, ainda há a ameaça de sanções se os protestos forem feitos no pódio durante os Jogos.
A carta disse que estava acrescentando uma "voz coletiva" aos pedidos para modificar a Regra 50.
"Acreditamos que a comunidade global do esporte está em um ponto de inflexão em questões raciais e de justiça social, e pedimos que vocês, como líderes dos movimentos olímpicos e paralímpicos, tenham um compromisso maior com os direitos humanos, a justiça racial/social e a inclusão social", disse a carta.
Entre os signatários, estão os corredores negros norte-americanos Tommie Smith e John Carlos, expulsos das Olimpíadas de 1968 após abaixarem a cabeça e erguerem o punho com luvas negras no pódio em protesto contra a desigualdade racial.
A carta pediu que nenhuma punição fosse imposta aos atletas que protestam no pódio no Japão e exigiu uma revisão da Regra 50 após a Olimpíada de Inverno de Pequim do próximo ano.
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