Castro rejeita torcida única no Rio após briga no Flamengo e Vasco, mas retoma proibição de organizadas

Entre as medidas a serem retomadas, torcedores envolvidos em confusões nos estádios ficarão retidos em delegacias durante o horário das partidas de seus times

(Foto: Reprodução)


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247 — Na sexta-feira (10), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), descartou a ideia de implementar o modelo de torcida única em jogos de futebol no estado, mesmo após a briga entre torcidas organizadas do Flamengo e do Vasco no fim de semana anterior. Castro admitiu falhas no policiamento durante o jogo e na punição rigorosa dos torcedores que já estiveram envolvidos em conflitos nos arredores dos estádios. Ele anunciou que as torcidas organizadas dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro serão banidas e ordenou a abertura de um inquérito para investigar crimes de organização criminosa, entre outras medidas.

Depois de se reunir com representantes dos clubes e do governo no Palácio Guanabara, Castro afirmou que a opção pela torcida única “não foi nem aventada”, considerando a medida como uma “falência da segurança pública”. “Conseguimos fazer Réveillon com milhões de pessoas, Carnaval com centenas de milhares. Temos que ter condições de fazer jogo com duas torcidas, sim”, afirmou.

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Cinco dias depois das brigas que ocorreram em diferentes pontos da capital antes e depois do jogo entre Flamengo e Vasco no Maracanã, no último domingo (5), onde um homem morreu e oito foram hospitalizados, foram anunciadas as medidas. O jogo em si, que aconteceu na décima rodada do Campeonato Carioca, terminou com a vitória do Vasco por 1 a 0.

Castro anunciou que as torcidas Raça Rubro-Negra e Jovem Fla (ambas do Flamengo), Força Jovem do Vasco, Young Flu e Fúria do Botafogo serão banidas dos estádios — que haviam sido favorecidas por uma anistia aprovada pela Assembleia Legislativa. Suas punições foram suspensas enquanto negociavam um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público e a Justiça.

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“Tivemos um tempo de tentativa de diálogo e ele foi totalmente rompido. Não dá para ter diálogo com que não cumpre o que tratou”, disse o governador. “Quando as torcidas procuram querendo se enquadrar há uma vontade para que isso [briga] não aconteça mais. Há uma boa-fé do estado de que teremos momentos melhores”.

A proibição ocorreu sem antes das torcidas serem avisadas. A torcida Fúria Jovem, do Botafogo, por exemplo, foi pega de surpresa ao ser impedida de carregar seus materiais para o jogo entre o Alvinegro e a Portuguesa-RJ, em Volta Redonda. Integrantes da torcida denunciaram a proibição nas redes sociais.

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Em nota, afirmaram:

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“Rio de Janeiro, 9 de março de 2023

Ontem a Fúria já se fazia presente em Volta Redonda quando fomos surpreendidos por uma decisão de afastamento dos estádios, com isso nossas faixas, bandeiras e a tradicional festa na arquibancada foram PROIBIDAS de forma que nenhum de nós entendemos, nossa torcida vem desde o começo lutando contra punições injustas seguindo todos os protocolos impostos.

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Pedimos a todos os nossos componentes e simpatizantes que não vá há jogos com materiais em alusão a nossa torcida, qualquer nova informação iremos divulgar em nossas redes sociais.

LIBERDADE PRA TORCER — FÚRIA JOVEM DO BOTAFOGO.”

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Entre as medidas a serem retomadas, está a exigência de que torcedores envolvidos em confusões nos estádios fiquem retidos em delegacias durante o horário das partidas de seus times. Essa punição está prevista no Estatuto do Torcedor, mas não era cumprida no estado do Rio de Janeiro. Castro reconheceu que houve erro na execução do policiamento planejado para o jogo entre Vasco e Flamengo e afirmou que as falhas foram corrigidas, citando o fato de que não houve brigas generalizadas na quarta-feira (8) durante a decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual.

“A desmobilização é um erro. É algo de acomodação quando se tem paz. Vamos trabalhar para não acontecer mais”. “A operação Maracanã [da Polícia Militar] é uma das melhores do Brasil. A gente lamenta a morte do torcedor. Sem minimizar o que houve, mas não podemos jogar fora uma operação reconhecida internacionalmente como a melhor do Brasil”, afirmou o governador do Rio.

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(Artigo escrito com apoio de inteligência artificial).

Com informações da Folha de S.Paulo

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