"Voto do Brasil contra a Rússia na ONU abriu uma porteira na esquerda", diz Breno Altman
Jornalista apontou que surgimento recente de posições pró-imperialismo na esquerda brasileira tem relação com postura diplomática pró-Otan do Brasil na ONU
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O jornalista Breno Altman voltou a comentar o voto favorável do Brasil na ONU à resolução que culpabiliza a Rússia pela Guerra da Ucrânia. Altman afirmou que tal posição da diplomacia brasileira "abriu a porteira" para que figuras de esquerda no país assumam posições pró-imperialismo. O jornalista falava sobre a declaração de Alberto Cantalice, da Fundação Perseu Abramo e membro da direção nacional do PT, que chamou Daniel Ortega, Nicolás Maduro, Vladimir Putin e Díaz-Canel, presidentes da Nicarágua, Venezuela, Rússia e Cuba, respectivamente, de "ditadores".
>>> Altman critica duramente posições pró-imperialismo dentro do PT
"O voto do Brasil contra a Rússia teve impactos na esquerda e no PT. Um dos impactos é que abriu uma porteira. Ou seja, se o governo brasileiro pode votar alinhado aos EUA e à Otan, por que cargas d'água o Cantalice não pode defender o que defendeu?", questionou Altman na TV 247.
"Digamos que o voto do governo na ONU retirou do cenário um 'interdito proibitório'. No PT era proibido atacar a revolução cubana. Não era proibido por uma regra administrativa, era proibido porque a posição esmagadora da direção histórica do PT sempre foi de solidariedade à revolução cubana, à Venezuela, etc. Agora, na hora que o governo vota alinhado com os EUA e com a Otan, algumas pessoas perceberam isso como autorização para falar coisas como as que o Cantalice falou", analisou.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247