Valter Pomar: “O G7 é um clube de ricos decadentes, onde os EUA têm a chave”
O historiador avalia que participar do G7 pode ser uma armadilha para Lula
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247 – O historiador Valter Pomar, membro do Partido dos Trabalhadores (PT), concedeu uma entrevista exclusiva à TV 247, na qual abordou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro do G7, realizado no Japão. Pomar trouxe reflexões sobre o papel do G7, destacando a necessidade de incluir países como a China nas discussões sobre economia mundial e meio ambiente.
Para Pomar, o G7 é um grupo composto por países ricos, mas decadentes, que outrora ocupavam o posto de economias mais poderosas do mundo até a crise financeira de 2008. Segundo o entrevistado, discutir questões econômicas e ambientais sem a participação da China, por exemplo, é impossível, uma vez que o país asiático desempenha um papel fundamental no cenário global.
Ao longo dos governos do PT, ressaltou Pomar, houve uma aposta em articulações mais abrangentes, como o G20, no qual estão representados mais de 80% da produção e da economia mundial. O entrevistado aponta que participar do G7 pode ser uma armadilha para Lula, pois os países presentes podem impor situações alinhadas com seus próprios interesses. Por outro lado, caso o presidente não compareça, isso poderia criar um ambiente desfavorável quando ele assumir a presidência do G20.
Pomar salientou que Lula está ciente das armadilhas e se prepara para enfrentá-las. Sua participação no G7 visa compreender as intenções dos países presentes e se antecipar às situações que possam ser impostas a ele. O ex-presidente brasileiro tem consciência do motivo de sua ida ao evento e buscará equilibrar as relações diplomáticas, considerando os desafios e oportunidades que surgirem.
A entrevista de Valter Pomar à TV 247 oferece uma perspectiva crítica sobre a participação de Lula no G7 e destaca a importância de uma abordagem mais ampla e inclusiva nas discussões globais. O ex-presidente enfrentará desafios e armadilhas, mas sua atuação no cenário internacional será pautada pela busca de soluções e pela representação dos interesses do Brasil e dos países emergentes no G20.
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