Tatiana Roque: “o bolsonarismo utiliza a violência para fins políticos”

A professora da UFRJ é pré-candidata a deputada federal e coordenadora do programa de Freixo

(Foto: Marcelo Rocha / Midia NINJA)


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247 - Já há um consenso de que as próximas eleições não ocorrerão dentro de uma normalidade democrática, em função do discurso de ódio e da violência que caracteriza a extrema direita representada por Jair Bolsonaro. Além dos ataques sistemáticos feitos à democracia por parte do presidente e de seus apoiadores, o apelo ao confronto físico e ao uso de armas de fogo para defender o que eles entendem como valores morais, acende um sinal de alerta na sociedade. 

A professora da UFRJ e pré-candidata a deputada federal pelo PSB, Tatiana Roque, relatou um pouco do que vivenciou durante uma caminhada da campanha do candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, que foi atacada por bolsonaristas liderados pelo deputado estadual Rodrigo Amorim, do PTB.

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Ela conta que “ao chegar a um determinado ponto do trajeto, percebemos que havia um bando de bolsonaristas atrás de nós. O que já desmonta a narrativa que eles tentaram criar de que houve um confronto entre os dois lados. O que houve foi uma perseguição e uma intimidação deliberada por parte deles. Não satisfeitos, ao perceberem que continuamos normalmente a nossa caminhada, eles deram a volta, nos cercando e evitando que continuássemos a andar, e começaram a nos xingar. Nosso grupo não se intimidou e começou a gritar algumas palavras de ordem, o que fez com eles ficassem mais violentos”. 

Tatiana Roque revela que o grupo de homens bolsonaristas estava armado e chegaram a levantar a camisa mostrando as armas para intimidá-los. “Eles foram ficando mais agressivos e violentos e começaram a mostrar as armas que tinham na cintura. A partir daí a coisa foi ficando mais complicada. E o grupo deles era formado por caras enormes, fortes, com cara de policiais. E o nosso grupo tinha várias crianças, mulheres e idosos”.

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O sindicalista Zé Maria Rangel lembra que o bolsonarismo, assim como o fascismo, apela para a intimidação de seus opositores quando sente que pode ser derrotado nas urnas. “Essa é uma das táticas do fascismo. Eles sabem que, muito provavelmente, Lula será eleito como presidente e muitos deles, inclusive o próprio presidente da república, podem ser presos. O presidente pelos inúmeros crimes que foram cometidos por ele no decorrer deste mandato, e que ele decretou sigilo de cem anos para que não fossem descobertos. “O pré-candidato a deputado federal pelo PT, em Campos dos Goytacazes, também relatou um caso de violência política por parte de um bolsonarista contra um petista. “Aconteceu na cidade de Macaé - e vale lembrar que as cidades do interior do estado do Rio de Janeiro são predominantemente bolsonarista - onde um companheiro nosso estava em uma barbearia falando sobre política e defendendo o legado deixado pelo ex-presidente Lula, quando um bolsonarista portando uma navalha tentou agredir esse nosso companheiro. Por sorte, esse sujeito foi contido por outras pessoas presentes no local, impedindo que a situação tivesse um desfecho mais trágico”.

Tatiana e Zé Maria também questionaram a conclusão do inquérito policial sobre a morte do petista Marcelo Arruda, assassinado por um bolsonarista durante a sua festa de aniversário. Segundo a polícia, o crime não teve motivações políticas. Tatiana Roque avalia que “foi uma conclusão completamente absurda, porque o cara chegou na festa gritando ‘viva Bolsonaro!’. A única coisa que explica essa conclusão, é o fato de que o nosso judiciário está muito permeado por essas forças da extrema direita. É evidente que esse foi um crime de violência política, que é quando a violência é utilizada para inibir e eliminar um campo político que está pacificamente manifestando o seu direito de preferência e de opinião política”. 

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Para Zé Maria Rangel, “quando assistimos as imagens do assassinato do companheiro Marcelo Arruda, fica muito claro que foi um crime com motivações políticas. Só mesmo uma pessoa fanática por essa seita, que é o Bolsonarismo, não consegue enxergar isso”.

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