“Subestimamos o inimigo e perdemos a oportunidade de vencer no primeiro turno”, diz Valter Pomar

Segundo o dirigente nacional do PT, as pesquisas que apontavam Lula como favorito, não estavam erradas mas a leitura que foi feita delas

Valter Pomar e Bolsonaro
Valter Pomar e Bolsonaro (Foto: Brasil 247 | Clauber Cleber Caetano/PR)


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247 - O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e dirigente nacional do PT, Valter Pomar, participou do programa Giro das Onze, na TV 247, em que fez um balanço do primeiro turno e apontou os desafios do segundo turno.

“O que a campanha acertou no primeiro turno foi compreender que a saída para o país era uma alternativa de esquerda. E o que a campanha errou no primeiro turno, na minha opinião, foi não ter enfatizado isso com mais força, mandando vários sinais trocados”, argumenta.

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Pomar aponta que a vantagem nas pesquisas criaram um falso ambiente de vitória no primeiro turno que desmobilizou a campanha.

“Fizemos uma campanha que muitas vezes não fez o que fizemos nos últimos dias, que foi convocar todo mundo para cima, para as ruas, acreditando que seria possível, líquido e certo uma vitória no primeiro turno. Nós inúmeras vezes falamos que a vitória era possível, mas não era o mais provável e que, por isso, não poderíamos dar como líquida e certa”, afirmou o petista.

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E acrescenta: “Com base neste tipo de atitude, nós subestimamos o inimigo e perdemos a oportunidade de triunfar no primeiro turno. Era possível desde que nós acreditássemos que era possível se fizéssemos tudo que precisava ser feito. Tanto no âmbito nacional, quanto nos estados faltou muita mobilização, politização e houve muita subestimação que foi influenciada por uma leitura equivocada das pesquisas”.

Segundo Pomar, as pesquisas, que apontavam Lula como favorito, não estavam erradas. 

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“O que estava errado era a leitura delas. Subestimada por exemplo o fato de que as pesquisas todas previam 10% de abstenção. Todos nós sabíamos que a abstenção média no país é de 20%. Todos nós sabíamos que se abstém principalmente os mais pobres. Todos nós sabíamos que os eleitores de Lula são os mais pobres. E, portanto, era óbvio que no momento da votação não iriam comparecer vários dos que nas pesquisas tinham dito que votariam no Lula. Assim como estava na cara que depois daquela imensa mobilização do dia 7 de setembro o Bolsonarismo não tinha desaparecido”, frisou. 

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