Sergio Amadeu: “Bolsonaro quer criar uma onda de desinformação e tentar vencer a eleição”

O professor da Universidade Federal do ABC (SP) e pesquisador de redes digitais enfatizou que “o fascismo no Brasil se rearticula digitalmente”

(Foto: ABr | Brasil247)


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247 - O professor da Universidade Federal do ABC (SP), Sergio Amadeu, pesquisador de redes digitais, participou do programa Giro das Onze, da TV 247, em que comentou a onda de fake news no segundo turno das eleições contra a campanha de Lula (PT) puxada pelas milícias digitais bolsonaristas.

“Fake news teve apelo, principalmente em Minas Gerais. Conseguiram fazer uma ação a partir da rede digital.  

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Detectamos uma série de conteúdos acusando o Lula de uma pessoa que não merecia o voto por ‘não ser cristão’ e uma série de variações nesse tema, e um outro ligando ele ao crime organizado. Acho que isso teve um efeito no eleitorado indeciso, principalmente em Minas Gerais e São Paulo, mas também fizeram também disparos no Rio Grande do Sul e Paraná”, afirmou o professor.

Amadeu enfatizou que “o fascismo no Brasil se rearticula digitalmente”.  “Não está só digitalmente organizando, mas pelo digital ele extrapola hoje”, frisou. 

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Um dos assuntos mais comentados nesta semana nas redes sociais foi um vídeo em que Jair Bolsonaro aparece em uma loja da maçonaria. A base evangélica bolsonarista ficou indignada, pois eles associam a maçonaria ao satanismo.

“O que aconteceu foi uma coisa inusitada, Uma pessoa colocou o vídeo da maçonaria e calou fundo na onda de desinformação que o Bolsonaro criou. Fulminou Bolsonaro a ponto daquele pastor do Rio de Janeiro [Silas Malafaia] ter que fazer uma live para conter aquilo que fulmina: o satanismo de Bolsonaro”, destacou Amadeu.  

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Segundo o professor, “a estratégia de Bolsonaro é criar uma onda de desinformação tão grande e aumentar a rejeição do Lula para ser tal como a dele ou superior a dele e tentar vencer a eleição”. 

“Eles estão voltando com a ideia do banheiro unissex. Estão inundando e isso pega uma franja As pessoas na periferia usam whatsapp. No interior de Minas é muito forte o uso do aplicativo e é ali que tem uma ação microsegmentada”, explicou.

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“Da para combater, melhorarmos muito. Mas eles têm uma máquina muito forte. Precisamos mesclar isso com rua. Precisamos ir para a rua”, concluiu. 

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