Renato Freitas: “Quem discute justiça na periferia é o crime e a igreja”

Para o vereador e deputado estadual eleito, Renato Freitas, “a pauta moral é uma espécie de farsa da pauta da justiça”

Renato Freitas
Renato Freitas (Foto: Reprodução/Twitter)


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247 - O vereador e deputado estadual eleito pelo PT do Paraná, Renato Freitas foi entrevistado no programa Giro das Onze, da TV 247, no dia 12 de outubro.

Ele analisou o uso das chamadas pautas de costumes na campanha eleitoral. “Infelizmente, as pautas  morais são uma espécie de farsa da pauta da justiça. A moral é construída a partir de uma ética, da concepção de um povo sobre justiça. O estado não oferece uma discussão sobre justiça. A esquerda não conseguiu articular a base popular e introduzir a partir do ponto de vida da cidadania qualificada a partir da informação e debate”, afirmou o parlamentar.

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Segundo ele, nas periferias quem pauta esse tema é o crime ou as igrejas. 

“Quem discute justiça na periferia é o crime e de modo viável a igreja, pois o cristianismo é uma grande discussão sobre justiça. O cristianismo é uma grande discussão sobre justiça. O exemplo de Cristo é o exemplo do justo. A ideia do cristianismo é a dos perseguidos. É a religião dos perseguidos. O caminho, a verdade e a vida”, destacou Renato Freitas que foi eleito deputado estadual com cerca de 60 mil votos.

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“Parte desses votos é de pessoas que não votam na esquerda, não votam no PT. Alguns desses votos, infelizmente, votam até no Bolsonaro”, salientou.

Para ele essa contradição é desafiadora para a esquerda, principalmente por conta da indústria das fake news da extrema direita.

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“Lula é incomparável a Bolsonaro no que diz respeito aos direitos das pessoas mais pobres. Mas é muita poluição, fake news. As pessoas são dadas a aquilo que mais as afeta . Muitas vezes a nossa linguagem da música, da arte, pelo testemunho de vida e outros elementos acaba afetando as pessoas pelo sentimento de justiça e não exatamente pela lógica formal”, disse ele, para explicar a contradição dos eleitores que votaram nele e em Bolsonaro.

Ao falar sobre o dia 12 de outubro, Dia da Criança, Renato lembrou de sua trajetória e de como a sua infância interfere nas suas escolhas e ações políticas. 

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“Há uma criança dentro de mim que eu preservo, que converso e que rememoro. Olho o mundo a partir do olhar dessa criança que eu fui e que me deu sentido político. Hoje tenho água para beber e livros se eu quiser ler. Tenho um computador se eu quiser me comunicar com o mundo. Tenho uma casa com um quarto. Tenho muitas comodidades”, destacou.

Renato frisa que as conquistas que tem hoje não pautam a sua vida. “Se eu me guiasse pela bússola de hoje, talvez não encontraria o sentido verdadeiro que encontrei quando era criança e que trago na política que é o sentido de que a cabeça pensa onde o pé pisa. Os meus pés enquanto criança andaram descalços, de bermuda e sem camisa, vendendo dolé com um isopor. Roubando garrafa retornável para vender por 10 centavos. Aprendi a sobreviver e vi que o mundo também tem uma face muito cruel. Digamos que vivi do outro lado da lua e agora que estou desse lado tenho a missão de dar esse testemunho de criança”, concluiu.

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