“Quem ficou irritado com Lavrov no Brasil não quer a paz na Ucrânia”, diz Valter Pomar
Para o historiador e membro da direção nacional do PT, o diálogo entre o presidente Lula e a Rússia para por fim à guerra “é a coisa mais normal do mundo"
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247 - O historiador Valter Pomar, professor de Relações Internacionais da UFABC e membro da direção nacional do PT, elogiou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra na Ucrânia.
Durante particpação na TV 247, Pomar disse que a recepção do governo ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para discutir um acordo de paz com a Ucrânia, é “a coisa mais normal do mundo”.
“O Brasil não está em guerra com a Rússia. Portanto, a troca de visitas é a coisa mais normal do mundo. Nós temos relações diplomáticas com a Federação Russa, não estamos em guerra com a Rússia, não existe ruptura de relações por qualquer procuração e ponto final”, pontuou Valter Pomar.
Segundo o especialista, a vinda de Lavrov é uma resposta diplomática à visita do ex-ministro Celso Amorim, que esteve na Rússia e foi recebido por Lavrov e Putin. “É absolutamente natural que por reciprocidade o Lavrov seja recebido pelo Mauro Vieira (ministro das Relações Exteriores) e seja recebido pelo presidente Lula. Os detalhes do que foi tratado, obviamente, são reservados, mas o sentido geral da visita é extremamente positivo”, completou.
Pomar defende, ainda, que os que se levantaram contrários ao diálogo entre os dois países, “ou bem não querem a paz ou querem ter um monopólio das negociações". “Qual foi a disposição do presidente Lula desde que a guerra teve início, que ele venceu as eleições e tomou posse? De contribuir para a paz. E, por acaso, a paz não exige negociação? Não exige conversa, diplomacia?”, questiona.
Por fim, Valter Pomar explica que é muito importante ouvir a opinião russa, e ela é muito simples. “Eles acham que estão fazendo uma operação de defesa do país. E quando a gente olha o mapa da Europa desde o fim da União Soviética, essa opinião russa (para guerra com a Ucrânia) ganha muita credibilidade”, finalizou.
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