"O julgamento de Bolsonaro foi político", diz Rui Costa Pimenta

"Retirada de Bolsonaro do cenário eleitoral é um problema para o PT. Abre caminho para uma nova candidatura da burguesia e do imperialismo", avaliou ainda o presidente do PCO

Rui Costa Pimenta (à esq.) e Jair Bolsonaro
Rui Costa Pimenta (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Tânia Rêgo/Agência Brasil)


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247 - O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, criticou duramente a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Em entrevista à TV 247, ele afirmou que o julgamento teve motivações políticas e questionou a legitimidade do processo.

Segundo Pimenta, as acusações que pesam sobre Bolsonaro são infundadas. Ele foi condenado por, em julho de 2022, ter convocado reunião com embaixadores para atacar, com mentiras e utilização do aparelho estatal para isso, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

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Pimenta argumenta que convocar embaixadores é uma prerrogativa presidencial. "O julgamento de Bolsonaro foi político. A política nunca deve ser feita em razão de interesses privados, mas sim de direitos públicos", afirmou Pimenta. Ele expressou preocupação com o fortalecimento da extrema direita após a decisão do TSE e acredita que ela culpará o presidente Lula (PT) pela sentença.

Para o líder do PCO, a retirada de Bolsonaro do cenário eleitoral é um problema para o Partido dos Trabalhadores (PT), pois abre caminho para uma nova candidatura da burguesia e do imperialismo. "Retirada de Bolsonaro do cenário eleitoral é um problema para o PT". 

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Pimenta defendeu o princípio da democracia como um princípio de soberania popular, mas ressalvou que os modelos democráticos não são absolutos. Ele levantou a possibilidade de Lula se tornar o próximo alvo após Bolsonaro e afirmou que a esquerda deveria sempre defender o Estado de direito. "Esquerda vai pagar o preço", afirmou.

Ao comentar sobre possíveis candidatos da direita, Pimenta acredita que Bolsonaro não indicaria nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. "Se eu fosse Bolsonaro, lançaria a Michelle e dizia ser vítima de injustiça", avaliou.

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