“Temos sofrido um atentado todos os dias: o da fome e do desemprego”, diz líder comunitário de Paraisópolis

“São 13 milhões de pessoas vivendo nas favelas do Brasil, mas parece que vivemos um Brasil à parte", afirmou Gilson Rodrigues

(Foto: Divulgação/Agência Paraisópolis)


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247 - O líder comunitário mais conhecido de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, integrante do grupo G10 Favelas e da União do Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP), em entrevista ao programa Giro da Onze, da TV 247, falou sobre a fake news do “atentado” contra o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), durante visita à comunidade.

Um tiroteio ocorreu próximo ao local onde o candidato estava, o Polo Universitário de Paraisópolis. Logo após o episódio, o candidato usou as redes sociais para dizer que sua equipe havia sido "atacada" por criminosos. 

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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou, no entanto, que não é possível afirmar que o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) tenha sido alvo de atentado.

“Nós lamentamos muito o que ocorreu com Paraisópolis. Ficamos horrorizados com tudo que aconteceu e com a campanha que foi feita com relação a nossa comunidade que é pacífica e organizada. O que aconteceu foi um fato dentro da comunidade e, por acaso, o candidato estava ali naquele momento. A polícia já determinou e esclareceu que não houve um atentado”, destacou.

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Gilson salientou que a comunidade é que sofre atentados diários com a desigualdade social e a fome.

“Todos os dias as favelas do Brasil têm sofrido com isso. É o atentado da fome. O atentado do desemprego. É um atentado quando nos coloca nessa condição de marginalidade, violência, pobreza e de dificuldade quando essa favela e o povo é uma força gigantesca para o Brasil”, frisou.

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Para o líder comunitário, o maior atentado foi “ter deixado milhares de pessoas esperando a vacina e gente na favela tendo que viver o home office que não existiu” e lembrou do assassinato de 9 jovens durante um baile na comunidade.

“É mais um atentado para Paraisópolis quando nove jovens são mortos num baile e até agora não se achou as pessoas que assassinaram aquelas crianças e jovens que queriam apenas participar de uma festa. Isso pra gente é um atentado muito maior e que estamos vendo todos os dias”, afirmou.

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E conclui: “São 13 milhões de pessoas vivendo nas favelas do Brasil, mas parece que vivemos um Brasil à parte. Um Brasil que é ignorado que é só usado no processo de eleição”.

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