Miguel Lago: consenso sobre o papel do Estado democrático precisa ser rediscutido

Breno Altman entrevistou cientista político sobre a construção de um Estado democrático no Brasil; veja vídeo na íntegra

Cientista político, Miguel Lago
Cientista político, Miguel Lago (Foto: Reprodução)


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Opera Mundi - O fundador de Opera Mundi, Breno Altman, conversou nesta segunda-feira (19/12) com o cientista político Miguel Lago, diretor executivo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), e que já lecionou na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Science Po, em Paris. Ele foi o convidado desta edição do programa 20 MINUTOS

Na entrevista, Altman e Lago debateram sobre como construir um estado democrático e os desafios que o Brasil do terceiro mandato de Lula terá nesse sentido, ao lidar com os resultados do governo de Jair Bolsonaro.

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Segundo Lago, a "discussão sobre o Estado é muito importante". Para ele, o consenso que existiu durante 30 anos sobre o papel do Estado democrático precisa ser rediscutido, "não apenas em suas funções, mas também em relação à sua sociedade". 

O cientista político não acredita que o Estado liberal seja o único modelo possível do ponto de vista democrático, mencionando que existem exemplos de Estados funcionantes, por´´ém não-democráticos. Em seu ponto de vista, cabe a discussão sobre que tipo de Estado as pessoas gostariam de viver, levando em consideração que "valores democráticos e direitos humanos devem ser respeitados".

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"Um Estado democrático está permeado por uma sociedade democrática e trabalha para incentivá-la", afirma Lago. 

Identificando problemas no Estado Brasileiro e sugerindo mudanças no livro A construção de um estado para o século XXI (Editora Cobogó), o entrevistado declara que a convocação de uma nova Assembleia Constituinte não é uma proposta apontada por ele. 

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"A discussão sobre uma nova Constituinte é bem vinda no Brasil, que tem problemas muito sérios de regras. Mas dá medo pensar em uma nova Constituinte com a extrema direita, tão forte na sociedade nesse momento. Embora a esquerda tenha ganho as eleições, a verdadeira centralidade ideológica no Brasil hoje em dia, como força política, infelizmente é a extrema direita", conclui Lago.

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