Mario Vitor Santos: a mídia hoje está mais do que nunca nas mãos de banqueiros

Jornalista lembrou de veículos que estão sob a posse do mercado financeiro ao comentar reação à fala de Lula sobre teto de gastos

Mario Vitor Santos e o presidente Lula
Mario Vitor Santos e o presidente Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução | Reuters)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Em entrevista à TV 247, o jornalista Mario Vitor Santos analisou a reação negativa da imprensa ao primeiro discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em relação à estabilidade fiscal e teto de gastos.

“A mídia hoje, mais do que nunca, está nas mãos dos banqueiros. A Folha tem interesses no mercado financeiro, é de propriedade de um empresário da área financeira [Luiz Frias], o Uol também, a revista Exame e, por extensão, a própria editora Abril. Além disso, coloque nesse bolo a XP, Infomoney. Eles detêm cada vez mais a própria posse dos meios de comunicação no Brasil. E quem não detém diretamente influencia. Recentemente o Estadão passou o chapéu entre os empresários e bancos de São Paulo para socorrer sua situação financeira - que não é muito boa. Comenta-se que o grupo Globo também passa por dificuldades financeiras”. 

continua após o anúncio

>>> Lula não deve perder a oportunidade que os chamados 'mercados' lhe oferecem

Para o jornalista, o “mercado” é o espelho da grande mídia conservadora que nunca teve afinidade com governos petistas e que agora, nos primeiros passos, “pressiona o governo Lula a se ajoelhar diante das prioridades desse mercado”. 

continua após o anúncio

“Até agora as medidas econômicas do governo Bolsonaro, do ministro Paulo Guedes [Economia], são todas bem aceitas pela mídia em geral porque contavam com o apoio seguro desses meios de comunicação. Há uma certa divergência cultural dos meios tradicionais oligopolizados de comunicação no Brasil com os governos petistas, já se mostrando nesse início do governo Lula”, pontua.

Mario Vitor acredita que a fala de Lula sobre teto de gastos e estabilidade fiscal foi estrategicamente estudada para ser assertiva. “Há uma disputa. Acredito que Lula não falou isso sem falar com seus economistas e sem ter certeza de que ele precisava criar o espaço público e político para definir os campos em relação a qual o espaço que ele vai ter para investir no social”, finaliza. 

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247