"Lula mostrou mais uma vez que o Brasil não cabe no quintal de ninguém", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

Economista exaltou a retoma das relações com a Venezuela e a participação do presidente Lula no G7, em Hiroshima

Paulo Nogueira Batista Júnior e Lula com Maduro
Paulo Nogueira Batista Júnior e Lula com Maduro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert/PR)


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247 – No programa Brasil Agora, da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, na qual discutiu diversos aspectos da política externa brasileira. Durante a conversa, Nogueira exaltou o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro, assim como a participação de Lula na cúpula do G7, em Hiroshima. Segundo ele, é de extrema importância a retomada das relações entre Brasil e Venezuela. Ele defende que o Brasil deve trabalhar contra a suspensão da Venezuela no Mercosul e manter boas relações com todos os seus vizinhos. O economista argumenta que a má vontade existente em relação à Venezuela se deve, em parte, ao fato de o país ter saído do script tradicional.

O economista enfatiza a importância da integração sul-americana, ressaltando que essa integração é fundamental para o desenvolvimento e a estabilidade da região. Ele destaca a reeleição do presidente Recep Erdogan, na Turquia, como um aspecto positivo, pois mantém o país em campo neutro, sendo membro da OTAN, mas sem hostilizar a Rússia. A participação do presidente Lula na cúpula do G7 também foi elogiada por Nogueira. Para ele, essa participação demonstra que o Brasil "não cabe no quintal de ninguém" e busca ter voz ativa no cenário internacional. "Lula possui jogo de cintura e espinha dorsal ao mesmo tempo", destaca o economista.

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O Brasil precisa crescer mais – Apesar de se mostrar mais feliz com a política externa do Brasil, Nogueira expressa preocupações em relação à política interna. Ele ressalta que o arcabouço fiscal é extremamente restritivo e que a Faria Lima interveio nesse arcabouço por meio do Congresso. Nogueira questiona se o arcabouço permite o crescimento econômico, apontando que as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) ainda são modestas.

Para Paulo Nogueira Batista Júnior, o Brasil não está se transformando em "uma nova Suíça", como disse o economista Robin Brooks, mas o superávit comercial é muito importante. Ele destaca que o país parece ter superado a restrição externa. Nogueira ressalta a importância do setor agrícola, mas argumenta que ele não pode ser a base da economia brasileira. O Brasil precisa recuperar instrumentos clássicos para fortalecer a indústria, e os incentivos à indústria automobilística são considerados corretos por ele. "O carro zero é uma aspiração do povo brasileiro", diz ele.Por fim, o economista enfatiza que o Brasil precisa crescer pelo menos 3,5% ao ano e recuperar seu papel como um centro dinâmico da economia mundial. Para ele, um crescimento de apenas 2% é insuficiente, e o país precisa voltar a ser uma potência econômica relevante. Assista:

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