Liana Cirne: 'momento preocupa, mas Lula é um mestre'

A jurista e vereadora pelo PT do Recife também comentou a decisão do CNJ que aplicou uma correição no TRF4

Vereadora Liana Cirne Lins (PT) foi autora de requerimento para voto de aplauso ao ex-presidente Lula
Vereadora Liana Cirne Lins (PT) foi autora de requerimento para voto de aplauso ao ex-presidente Lula (Foto: Reprodução | Stuckert)


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247 - A vereadora do Recife Liana Cirne Lins (PT), doutora em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), disse em entrevista ao programa programa Brasil Agora, que “Arthur Lira querer negociar diretamente com o Presidente da República” e dizendo que “não vai negociar com o líder do governo e que as lideranças do governo não tem poder de articulação é muito grave”.

“A esquerda não venceu as eleições. Lula ter vencido não significou a esquerda vencer e nem agenda da esquerda porque nós não cumprimos a tarefa de ter uma bancada de esquerda no Congresso Nacional. Com o  tamanho da esquerda no parlamento, o Executivo precisa se articular e o fato de nós sermos uma minoria retumbante dificulta muito”, avaliou.

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Para ela, a situação toda é muito difícil, mas “Lula é um mestre”, frisou.

Liana também comentou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que aplicou uma correição no Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF4) e na 13ª Vara Federal de Curitiba. 

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O CNJ atendeu parcialmente a representação do juiz Eduardo Appio, que comandava a 13ª Vara Federal de Curitiba, e é acusado de telefonar para o filho de um dos desembargadores, Marcelo Malucelli, se passando por uma terceira pessoa para ter acesso a seus dados pessoais.

A jurista considerou correta, ainda que tardia, a medida diante das irregularidades do tribunal e citou o caso do advogado Rodrigo Tacla Duran, que prestou serviços à Odebrecht e denunciou Sergio Moro e Deltan Dallagnol por envolvimento num caso de extorsão. 

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“Tacla Duran tem várias acusações contra Sergio Moro, que é sócio do filho do desembargador que restabeleceu a ordem de prisão do Tacla Duran. Logo, o desembargador Marcelo Malucelli é totalmente parcial e suspeito para decidir nesse caso”, destacou.

Segundo ela, o Brasil demonstrou do lavajatismo para cá “que a sua cultura institucional-jurídica é muito débil”.

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“As leis não têm força de se impor por si mesmas. Os juízes aplicam ou afastam a lei no caso concreto de acordo com as suas conveniências ou inconveniências. A gente precisa amadurecer muito as nossas relações institucionais e judiciais para ter um Judiciário que não ceda tão facilmente ao fervor político e, principalmente, aos favoritismos políticos de uma instituição que ainda é extremamente racista, elitista, machista e claramente anti-povo”, disse.

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