Juliane Furno: “o que importa para os banqueiros é estabilidade, não democracia”

Economista pediu cautela diante das sinalizações democráticas vindas de banqueiros e do empresariado

(Foto: ABR | Reprodução)


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247 - A economista Juliane Furno pediu cautela diante das sinalizações democráticas por parte de banqueiros e do empresariado, os mesmos e apoiaram majoritariamente Jair Bolsonaro há quatro anos e que semearam o antipetismo.

Entidades como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) colocaram todo seu peso para apoiar um manifesto público de defesa da democracia. Além dessas entidades, nomes como Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, dois dos banqueiros mais poderosos do País, assinaram outro manifesto pró-democracia.

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Segundo a economista, o apoio dessas entidades e nomes aos manifestos não significa que elas apoiam a construção de uma democracia verdadeiramente popular, com democratização de renda. Na realidade, aponta ela, a classe dominante busca apenas uma garantia de estabilidade institucional. 

“Para esses banqueiros, o que importa chama estabilidade, e não democracia. A democracia entrou de contrabando. Os muito ricos, os banqueiros, principalmente quem lida com o mercado financeiro, não se importa com democracia no sentido que a gente atribui a essa palavra, que envolve votar, mas que envolve participação política e democracia, inclusive no sentido de democratizar os bens públicos, a renda, a propriedade e viver numa sociedade menos desigual”, disse, em entrevista à TV 247.

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A economista afirmou que o posicionamento dos banqueiros e empresários deve ser visto como ocasional, e também sugeriu que a campanha do ex-presidente Lula fique atenta para uma possível tentativa das classes dominantes de cercear um eventual governo petista. 

“O que importa é estabilidade. Se para a gente inflação e instabilidade de preços são problemas, isso é muito mais problemático no sistema financeiro, porque o sistema financeiro lida com expectativas e investimento de alto risco. Falta de estabilidade, que é o que o Bolsonaro entrega com seus intentos golpistas, é mais prejudicial que um eventual governo Lula, cerceado que vai ser por esses mesmo atores do mercado financeiro”, disse. 

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