Juliane Furno: Lula mostra que não sucumbiu à pressão ao anunciar Haddad e Mercadante

“Lula ter reafirmado o nome de Mercadante foi dizer: estamos compromissados com um projeto e é o mercado quem vai se curvar”, declarou a economista

Juliane Furno, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante
Juliane Furno, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante (Foto: Reprodução | Rovena Rosa/Agência Brasil | Valter Campanato/Agência Brasil)


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247 - A economista Juliane Furno disse à TV 247 que a escolha do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o Ministério da Fazenda (Fernando Haddad) e para a presidência do BNDES (Aloizio Mercadante) foi firme, corajosa e mostrou que ele não sucumbirá às pressões do mercado financeiro durante o seu terceiro mandato.

“Eu gostei muito da atitude do Lula de não ceder à pressão tanto da direita mais conservadora dos valores [morais] quanto da direita econômica, inclusive, com parte dela fazendo parte da nossa frente ampla. Esse setor faz pressão via ‘sensações do mercado’ e ele não está sendo combatido pela esquerda. Estamos fazendo pouca pressão oposta. Se a gente não faz muita pressão do lado de lá e tem muita do nosso lado, a tendência é que o próprio centro seja espremido mais à direita. E o Lula não sucumbiu a essa pressão do setor financeiro, pois logo que se aventou o nome do Mercadante [para o BNDES], o mercado fez bastante pressão fazendo aquela velha chantagem dos mecanismos da depreciação do real, da queda da bolsa, e o Lula ter reafirmado o nome do Mercadante me parece que foi dobrar uma aposta e dizer: olha, aqui nós estamos compromissados com um projeto e aqui é o mercado quem vai se curvar com aquilo que 60 milhões de pessoas escolheram nas urnas”, pontuou. 

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A economista ainda criticou a ausência de mulheres na composição do segundo escalão do governo Lula. Segundo Furno, existem mulheres economistas experientes e prontas para assumir cargos de relevância dentro da área econômica.

“Não ter mulheres neste segundo escalão é um elemento problemático. Tem pessoas muito qualificadas como Esther Dweck, Júlia Braga e outras economistas, que mesmo que não sejam as mais experientes precisam entrar, ou elas nunca serão alçadas a este posto se preponderarem na lei das ‘livres forças das escolhas naturais’. Está descompassado com o tipo de debate que a gente [esquerda] vem fazendo”, finalizou. 

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