Jana Silverman: eleições mostram que Trump tem concorrentes na extrema direita dos EUA

Governadores reeleitos Ron DeSantis (Flórida) e Greg Abbott (Texas) se credenciam a disputar vaga com ex-presidente, afirma sindicalista norte-americana; veja vídeo na íntegra

Jana Silverman
Jana Silverman (Foto: Reprodução)


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Por Pedro Alexandre Sanches, do Opera Mundi - A pesquisadora e sindicalista norte-americana Jana Silverman afirmou que as eleições de meio mandato nos Estados Unidos credenciam dois possíveis concorrentes do Partido Republicano à Presidência em 2024, ambos tão extremistas quanto o ex-presidente Donald Trump. 

A disputa interna deve ser acirrada pelo triunfo de dois governadores reeleitos nesta semana: Ron DeSantis, da Flórida, e Greg Abbott, do Texas. 

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“Acho que DeSantis representa um perigo até maior, porque não tem o problema jurídico de Trump, é menos comprometido, não tem feito comentários sexistas e é mais jovem”, analisou ela em conversa com o jornalista Breno Altman, no programa 20 MINUTOS desta quarta-feira (09/11).

Dirigente vinculada à organização política Socialistas Democráticos da América (DSA), Silverman credita a três fatores principais o fato das eleições estarem representando uma derrota menor que a esperada para o Partido Democrata, do presidente Joe Biden: a tomada dos republicanos por Trump, a insegurança frente à inflação em alta e o voto feminino. 

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“O Partido Republicano virou refém da figura de Trump. Ele usou sua influência nas primárias para emplacar candidatos de extrema direita, que não necessariamente refletem o que pensa a maioria das pessoas que ainda se identificam como republicanas”, diz. 

As eleições da terça-feira (08/11) renovarão todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara de Deputados do Brasil), 35 das 100 vagas para o Senado e os governadores de 36 dos 50 estados norte-americanos. 

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A apuração segue em curso, mas os resultados parciais não concretizam a “onda vermelha” (a cor dos republicanos) que se desenhava diante da baixa popularidade da administração atual. “O governo Biden conseguiu estancar o sangramento. O resultado foi melhor que o esperado pelo próprio Partido Democrata e pela grande mídia, que preparavam a população para uma grande derrota. Isso não aconteceu”, pondera.

Os índices de inflação, desfavoráveis para os democratas, podem ter se voltado contra os adversários, que não souberam oferecer soluções efetivas, na avaliação de Silverman. "A mensagem para acabar com a inflação, segundo os republicanos, é acabar com o poder de compra dos trabalhadores. Para os republicanos da classe trabalhadora, é uma resposta inadequada para o problema”, disse.

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A pauta dos direitos reprodutivos foi outra condutora das eleições, o que se acirrou com decisão da Suprema Corte que, na prática, transferiu aos estados a prerrogativa de legislar sobre o direito ao aborto. Na opinião da jornalista, o tema é caro no país e mobilizou o eleitorado feminino, principalmente o mais jovem e democrata, a votar contra os candidatos republicanos.

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