"Imperialismo é categoria central para compreender o estágio atual do capitalismo", diz Juliane Furno

Economista diz que o Brasil terá que defender sua soberania no novo ciclo político que pode ser aberto com a vitória de Lula

Juliane Furno e seu livro sobre Imperialismo
Juliane Furno e seu livro sobre Imperialismo (Foto: Reprodução Facebook)


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247 – A economista Juliane Furno, que está lançando o livro Imperialismo – uma introdução econômica, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que este conceito é uma categoria central para entender o desenvolvimento capitalista. "Com o imperialismo, os Estados Unidos submetem a periferia do capitalismo à sua dominação", diz ela, lembrando que isso ficou claro no Brasil depois da Lava Jato e do golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

No livro, ela traça o panorama histórico das discussões intelectuais sobre o tema. "Marx já enxergava que os países da periferia transferem mais valor para o centro, mas Lênin é quem faz o melhor estudo sobre o tema", afirmou. Ela também afirmou que o imperialismo tem um país como protagonista. "Depois do pós-guerra, o imperialismo será sobretudo estadunidense, mas com sócios minoritários, como a Europa e o Japão. China e Rússia não são imperialistas, mas sim alvos do imperialismo", afirma. "O imperialismo se exerce no campo monetário, militar, produtivo e cultural. A disputa entre China e Estados Unidos nos interessa e pode até beneficiar o Brasil", acrescenta.

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Juliane Furno também afirma que o Brasil, no novo ciclo político que poderá se abrir com a eleição de Lula, terá que se abrir para esta discussão.  "O imperialismo não precisa mais exportar capitais para a periferia. Eles nos querem como primário-exportadores. A Lava Jato praticamente proibiu todas as empresas brasileiras de atuar na Petrobrás. E o imperialismo hoje atinge seus sócios minoritários, como a Alemanha", afirma.

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