"Haddad foi bem em 2023, mas a economia está desacelerando", alerta Paulo Nogueira Batista Júnior
Economista defende maior flexibilidade na política fiscal
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247 – Em uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, Paulo Nogueira Batista Júnior, um dos mais respeitados economistas do Brasil, compartilhou suas análises e preocupações sobre a situação econômica do país. Durante a entrevista, ele ofereceu uma avaliação detalhada do desempenho do ministro da Economia, Fernando Haddad, e destacou os desafios que o Brasil enfrenta no atual cenário econômico.
Batista Júnior reconheceu o sucesso de Haddad em 2023, com o crescimento de 3% do PIB, mas chamou a atenção para a tendência de desaceleração econômica. "O ministro Fernando Haddad foi bem-sucedido, mas o crescimento está em queda. Uma desaceleração econômica não interessa a ninguém", salientou. Segundo ele, o país necessita de uma abordagem mais flexível em relação à política fiscal, especialmente diante do risco de uma desaceleração afetar a arrecadação governamental.
O economista discutiu as previsões de mercado, que indicam um déficit de 0,8% do PIB. Ele acredita que o governo precisa estar pronto para revisar suas metas fiscais, descrevendo o debate atual sobre a meta fiscal como "uma tempestade em copo d'água".
Além disso, Batista Júnior enfatizou a importância do investimento público como impulsionador do investimento privado. Ele expressou preocupação com a composição do governo Lula, apontando a presença de figuras neoliberais em posições-chave, incluindo em vários ministérios e no Banco Central.
Abordando a estrutura econômica do país, o economista descreveu o capitalismo brasileiro como predatório, observando que muitos da classe dominante não têm um compromisso real com o Brasil, com alguns nem mesmo residindo no país. Ele defendeu a necessidade de o estado desempenhar um papel central na reindustrialização, lembrando que "nunca houve processo de industrialização que não tenha contado com forte participação do estado".
Batista Júnior concluiu alertando sobre as consequências de um desempenho econômico fraco, ressaltando que isso poderia levar ao enfraquecimento imediato do governo. A entrevista oferece uma visão crítica e aprofundada das políticas econômicas atuais do Brasil, sublinhando a urgência de ajustes na política fiscal para manter a estabilidade e o crescimento econômico. Assista:
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