"Há uma relação clara entre junho de 2013 e a crise democrática brasileira", diz Jorge Chaloub
Professor da UFRJ afirma, no entanto, que não é possível dizer que junho de 2013 tenha sido um movimento apenas de direita
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247 – O professor Jorge Chaloub, do departamento de ciência política da UFRJ, concedeu uma entrevista à jornalista Denise Assis, da TV 247, em que abordou a relação entre as manifestações de junho de 2013 e a atual crise democrática no Brasil. Chaloub destacou que há uma clara conexão entre esses eventos e a ascensão da extrema direita no país.
No entanto, o professor ressaltou que não é possível afirmar que junho de 2013 tenha sido um movimento majoritariamente de direita. Segundo ele, foi um movimento heterogêneo e diverso, com diferentes atores e demandas. Chaloub destacou que o Rio de Janeiro teve um papel central nessas manifestações, contrapondo a visão de que São Paulo tenha sido o único epicentro do movimento.
A entrevista também abordou a dificuldade enfrentada pela então presidente Dilma Rousseff para lidar com as manifestações de rua, que também traziam pautas progressistas. Chaloub ressaltou que as demandas eram complexas e diversificadas, o que tornava desafiador para o governo lidar com essas manifestações de forma efetiva.
O papel de Haddad – Chaloub também mencionou o papel do então prefeito de São Paulo, atual ministro da Fazenda, na maneira como lidou com os eventos de 2013. Segundo o professor, ele se aproximou demais do então governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente, que reprimiu com violência os protestos, o que contribuiu para a escalada da crise.
A entrevista do professor Jorge Chaloub traz uma análise interessante sobre as manifestações de junho de 2013 e sua relação com a crise democrática vivenciada no Brasil. Suas declarações destacam a complexidade e diversidade do movimento, assim como os desafios enfrentados pelos governantes na época. Assista:
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