"Há um excesso de provas contra Moro e Dallagnol", diz Florestan Fernandes Jr

Jornalista comentou surgimento de novos diálogos "nada republicanos" da Vaza Jato entre ex-juiz suspeito e ex-procurador sobre denúncias de Tacla Duran

Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Florestan Fernandes Jr
Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Florestan Fernandes Jr (Foto: ABR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


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247 - O jornalista Florestan Fernandes Jr comentou os novos diálogos vazados entre o ex-procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz suspeito Sergio Moro, datados de agosto de 2017, em que comentavam as denúncias feitas pelo advogado de Tacla Duran mencionando o advogado Carlos Zucolotto, que possuía fortes ligações com a Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba e era amigo íntimo de Moro.

Carlos Zucolotto era sócio de Rosangela Moro em um escritório de advocacia, além de ser padrinho de casamento do casal Moro. Ele foi também advogado do procurador Carlos Fernando dos Santos, este, coordenador da Lava Jato em Curitiba. Ou seja, tratava-se de um advogado com amplo e irrestrito acesso à "República de Curitiba” e, segundo Tacla Duran, vendia essas facilidades.

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"Logo depois das denúncias do Tacla Duran, o Zucolotto renunciou ao mandato, no processo em que era advogado do procurador Carlos Fernando. Esse processo tramitava no STJ, essas ligações entre Zucolotto e a República de Curitiba são muito fortes e nada republicanas", afirmou Florestan em participação no Bom Dia 247 deste domingo.

As conversas vazadas também mostram Moro e Dallagnol se referindo a um fato da maior relevância e sobre o qual tentavam combinar uma resposta à imprensa: que a minuta do acordo que Tacla Duran faria com o MPF de Curitiba estava de acordo com condições indicadas e “negociadas” com Zucolotto. Ou seja, todas as condições do acordo que Zucolotto expôs a Tacla Duran, inclusive a redução da multa, se repetiram na minuta enviada pelos procuradores Júlio Noronha e Roberto Pozzobon.

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"É importante nesta conversa também que eles comentam que a minuta do acordo que Tacla Duran faria com o MPF de Curitiba estava de acordo com as condições indicadas e negociadas com Zucolotto. E ainda que Tacla tem os dois arquivos, as mensagens do Zucolotto, com a relação das condições do acordo, e também da minuta de acordo enviada pelos procuradores do MPF, Júlio Noronha e Roberto Pozzobom", acrescentou o jornalista.

"Então, assim, tem saído [coisas novas] quase todo dia. E quando se tem esse estouro de informações, ninguém segura mais, e cada vez que saem mais informações, mais eles se enrolam. É o que o Tony [Garcia] falou: excesso de provas. É um excesso de provas contra Moro e Dallagnol", concluiu Florestan. Assista ao trecho completo no vídeo abaixo:

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