Glauber Braga: combate ao Centrão é prioridade para levar governo Lula à esquerda

Deputado federal defende independência do PSOL para se opor à extrema direita e combater neoliberalismo no interior da frente ampla; veja vídeo na íntegra

(Foto: LUIS MACEDO - AGÊNCIA CÂMARA)


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Por Pedro Alexandre Sanches, do Opera Mundi - O deputado federal Glauber Braga, reeleito pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Rio de Janeiro, opõe-se à ocupação de cargos por seu partido dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apesar da leganda integrar a frente ampla que deu vitória ao candidato do PT. 

Em seu ponto de vista, a independência política é necessária para que o PSOL não se deixe enquadrar e mediar pelo governo central e possa exercer as tarefas prioritárias de oposição à extrema direita de inspiração fascista representada por Jair Bolsonaro, combater o avanço do chamado centrão e enfrentar correntes neoliberais e ultraliberais abrigadas no interior da própria coalizão.

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“Há unidade na esquerda para garantir a posse de Lula, e há diferenças no que diz respeito à política que será colocada em prática e às alianças que se constituem para isso”, resumiu Braga, em entrevista a Breno Altman, no programa 20 MINUTOS desta quinta-feira (10/11). 

Em campanha contra a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara dos Deputados, o psolista defende que este é o momento crucial para que a esquerda lute por desmontar a representação de Lira como articulador do orçamento secreto e da aplicação da agenda ultraliberal no país: 

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“Defendo a tese de que permitir a permanência dele é dar vitamina de banana para quem vai nos atacar na próxima esquina, com muita força. É Lira que precisa agora, então ele faz aceno à oposição a Bolsonaro por necessidade política de reeleição. Depois que estiver na cadeira, o jogo é outro, e ele volta à ofensiva”, disse.

Desta vez, para Braga, não se trata de fazer oposição cerrada ao governo e ao PT, partido do qual o PSOL se desprendeu em 2004, durante a primeira gestão Lula. O adversário em comum, para ele, seguirá sendo o mesmo que levou à articulação da frente ampla no período eleitoral: “temos que compreender o que estamos enfrentando e enfrentar prioritariamente as estruturas que deram sustentação a Bolsonaro”.

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À parte, a força política de 49,1% dos votos obtidos, o lado adversário também enfrenta dificuldades: “do ponto de vista institucional, as tentativas de Bolsonaro de um terceiro turno estão bastante fragilizadas. Vão continuar apelando e tentando desestabilizar, e nesse sentido dar sustentação ao governo de Lula é fundamental”.

A despeito das posições defendidas por Braga, quadros do PSOL já começam a participar da equipe de transição de governo, o que, segundo ele, foi deliberado internamente pelo partido. “Já houve uma votação, que, por 10 votos a nove, disse que o PSOL entraria na transição. Tentar influenciar com agendas positivas na transição me parece uma necessidade, não necessariamente participando dela”, contemporiza. 

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Sua posição particular foi de não participar da transição, devido ao caráter indicativo de participação plena e de entrada no governo que o gesto daria. A decisão definitiva sobre se o PSOL integrará ou não o governo Lula deve acontecer em dezembro.

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