Flávio Dino alerta para armação bolsonarista contra Lula: “Certeza de que virá fake news de última hora”
Em entrevista exclusiva à TV 247, o senador eleito disse também que é a extrema direita que ameaça a liberdade religiosa
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247 - O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) analisou as mais recentes pesquisas eleitorais e concluiu que Lula continua com uma vantagem de 5 a 6 milhões de votos em relação a Jair Bolsonaro.
“Não há sinais de virada. Vamos ganhar a eleição, mas é preciso ir para as ruas e aumentar a vantagem de Lula”, afirmou, em entrevista a Joaquim de Carvalho, da TV 247.
O ex-governador do Maranhão alertou, no entanto, para as armações da campanha do candidato de extrema direita. “Certeza de que virá alguma armação, uma fake news de última hora, como o candidato de Bolsonaro em São Paulo tentou fazer, no caso de Paraisópolis. Mas não deu certo, e Tarcísio teve que recuar”, comentou.
“É preciso ficar atento e denunciar imediatamente qualquer tentativa de manipulação através da mentira”, acrescentou.
Flávio Dino também falou sobre os ataques de bolsonaristas a igrejas. “Eles dizem que a esquerda ameaça a liberdade religiosa, o que é uma mentira. Na verdade, ocorre o contrário. É a esquerda que defende a liberdade religiosa, na medida em que preconiza o Estado laico, ou seja, não há uma religião de Estado e todos os credos devem ser respeitados”, disse.
“Quem quer fechar igrejas são eles”, destacou.
Flávio Dino assumirá uma cadeira no Senado ano que vem, assim como Sergio Moro. Os dois parecem ter vidas paralelas, com uma atuação em campos opostos.
Moro entrou para a magistratura no mesmo ano em que Flávio Dino, e se destacou por perseguir adversários políticos vestindo a toga, o que é a maior corrupção ao sistema de justiça.
Já Flávio Dino, aprovado em primeiro lugar no concurso, deixou a magistratura quando começou a fazer política. Aos 54 anos de idade, foi deputado federal, governador do Maranhão duas vezes e agora senador eleito.
Ele diz que muitos senadores eleitos representam o que há de pior na política. “A única certeza que temos é que não haverá debate se a Terra é plana, já que um dos senadores bolsonaristas eleitos é astronauta e viu que a Terra é redonda. Portanto, se estiver disposto a falar, esse tema não será controverso”, falou, em tom de piada.
A preocupação de Dino é com o que poderia ocorrer caso Bolsonaro vencesse as eleições e contasse com esse Congresso, um dos piores da história.
"Se ele ganhasse, e não vai ganhar, o risco à democracia seria muito grande. Haveria o Executivo e o Legislativo pressionando o Supremo Tribunal Federal. Mas repito: isso não ocorrerá”, disse.
Flávio Dino ainda falou das semelhanças do discurso bolsonarista com o nazismo. “Assim como Bolsonaro, Hitler também ascendeu com o discurso de político contra o sistema”, comentou.
E todos sabemos a tragédia que representou o governo do Führer (que significa guia). No Brasil, uma parcela grande do eleitorado vê Bolsonaro como Messias. “Mas não acredito que haja no Brasil 45% de pessoas iguais a Bolsonaro. A intenção de votos que ele tem revela a complexidade do mundo neste momento”, disse.
A eleição de Lula é um passo necessário para evitar a volta a um passado de violência e opressão.
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