Fernando Horta: Lula dá aceno de que não terá governo de revanche em relação aos militares

“Ele entrega aos militares uma coisa importante, que é o respeito à hierarquia. Este é o primeiro aceno de Lula aos militares”, diz o cientista político

Fernando Horta, Lula e Bolsonaro
Fernando Horta, Lula e Bolsonaro (Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)


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247 - Em entrevista à TV 247, o cientista político Fernando Horta disse que a decisão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de nomear o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio para o Ministério da Defesa é uma sinalização clara de que ele não fará um governo de revanche em relação aos militares. Lula também tem dados sinais de que nomeará os comandantes das Forças Armadas seguindo o critério de antiguidade.

“Ele entrega aos militares uma coisa importante, que é o respeito à hierarquia. Este é o primeiro aceno de Lula para dizer ‘olha, isso aqui não vai ser um governo de revanche, agressão aos militares’. O segundo aceno é a figura do Múcio. E aí vem a questão da esquerda sempre dizer que o Múcio foi um dos atores do golpe contra a Dilma Rousseff, que defendeu a tese das pedaladas fiscais - que sabemos que foi mentirosa. Ele não está isento disso, mas ele também tem contatos já antigos com o presidente eleito, e é alguém com quem Lula dialoga diretamente”, pontua.

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Horta destaca que este é um meio termo entre aquilo que se pode fazer e o que se gostaria de fazer neste momento de relações enfraquecidas pelo bolsonarismo em relação às Forças Armadas. 

“Lula vem articulando de alguma maneira para não acirrar ânimos especialmente próximos à posse. E essa notícia de que militares aceitariam o Múcio para o ministro da Defesa é uma notícia muito ruim para Bolsonaro, pois ele apostava (e ainda aposta) em uma sublevação militar direta e imediata para que ele possa, efetivamente, criar mais atribulações no Brasil”, finaliza. 

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