Fernanda Montenegro: “A luta contra os militares no poder durante 21 anos nos custou muito”

Em entrevista a Hildegard Angel, a dama do teatro fala o que pensa sobre o momento atual do País

(Foto: Reprodução)


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247 - O programa Conversas com Hildegard Angel entrevistou a grande dama do teatro, a atriz Fernanda Montenegro. A atriz fala sobre a sua trajetória artística e quando questionada sobre a sua maior decepção, ela afirmou: “Decepção? Se tive eu não quero saber”.

Ao falar sobre o que espera para o futuro, disse: “Nada. A gente vai vivendo, já estou com 94 anos. A gente nunca sabe. A Simone de Beauvoir tem uma frase que diz ‘o acaso tem sempre a última palavra’. Essa frase é maravilhosa”, enfatiza.

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Fernanda Montenegro também fala da esperança que tem na humanidade. “Sou de uma geração dos anos 30, 40, do fim de uma guerra. O mundo nem ia ter fronteiras. Mas havia esperança. E essa esperança veio. O que foi a nossa luta contra esses militares no poder durante 21 anos. O que foi isso? O que isso nos custou como liberdade, presença de cidadania? Mas havia esperança e havia luta. Havia a presença nos atos públicos, nos palcos e nas canções”, destacou.

Para a atriz, no entanto, o mundo das redes sociais está mudando esse movimento.  “O botão eletrônico. A carne, o sangue nas veias, o toque não é mais necessário. Aperta o botão e tem tudo ali. Tudo maior e menor. Tudo na verdade ou tudo na invenção absoluta. Tudo na salvação ou na criminalização”.

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Fernanda Montenegro fala ainda das atrizes que marcaram a história e cita Dulcina de Moraes, atriz que liderou a luta pela regulamentação da profissão de ator/atriz em todo o país. “A Dulcina é um referencial cultural-teatral maior do século que acabou. Uma coisa é ser atriz, outra coisa é ser revolucionária objetiva, sem castanholas, e que vai mudando a vida. Ela tirou a carteira de prostituta ou prostituto dos atores. A gente tinha que ter carteira da polícia”, lembra. 

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