Fátima Bezerra: memória dos governos petistas decide apoio a Lula no Nordeste
Governadora reeleita do Rio Grande do Norte diz região se destaca com maior percentual de segurança alimentar em meio à tragédia social bolsonarista
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Opera Mundi - A governadora reeleita no Rio Grande do Norte pelo PT, Fátima Bezerra, credita a vantagem eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste ao passado de inclusão social promovido pelos governos petistas, mas também a políticas presentes, que garantem maiores níveis de segurança alimentar na região, em contraste com a fome e a miséria vigentes sob o governo de Jair Bolsonaro.
“O passado faz uma diferença muito grande e pesa muito. É o que decide a posição do povo nordestino de se manter firme na resistência e na luta”, afirmou, em entrevista ao jornalista Breno Altman, no programa 20 MINUTOS desta quinta-feira (06/10).
Reconduzida ao cargo no domingo (02/10), com 58,31% dos votos válidos, Bezerra sancionou e cumpre lei estadual pela qual ao menos 30% das compras do governo devem ser oriundas da agricultura familiar ou da economia solidária.
Inspirada em políticas das gestões petistas na Presidência, destina essa produção alimentícia às escolas públicas, ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao sistema prisional.
“Mesmo com toda a epidemia de fome no nosso país, motivada pelo governo que aí está, o Rio Grande do Norte tem a maioria da população em segurança alimentar, 51,2%. É o primeiro do Nordeste e o quarto do país”, diz.
Contrastando passado petista e presente bolsonarista, a governadora cita o abandono, pelo atual presidente, de programas de geração de emprego, valorização do salário mínimo, estímulo aos pequenos agricultores e construção de cisternas, particularmente no Nordeste: “é muito consolidada a imagem que o povo do Nordeste tem dos governos do PT. Isso não é fantasia, é a realidade que a gente viu em casa, no sítio ou na cidade onde a gente mora”.
Ponto decisivo para a solidez da rejeição a Bolsonaro no Nordeste, segundo ela, é o tratamento que os governos estaduais progressistas da região deram à pandemia de covid-19. No Rio Grande do Norte, a governadora afirma ter feito exatamente o contrário do que o presidente pregava.
“Fomos à luta. Contratamos 5.500 funcionários da saúde, dos quais 2.800 estão hoje efetivados. Graças a Deus, salvamos cerca de 16 mil vidas no estado.” Outro índice de desenvolvimento dá conta de que o Rio Grande do Norte era o estado mais violento do Brasil em 2018 e em quatro anos se tornou segundo colocado em redução da violência.
Para o segundo mandato, Bezerra promete dar prioridade máxima à educação, combatendo a exclusão digital que penalizou os estudantes potiguares na adoção do ensino remoto durante a pandemia.
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