Elias Jabbour: “precisamos iniciar uma guerra ideológica e geracional de caráter antineoliberal”
“O grande desafio estratégico brasileiro é reconstruir o capitalismo brasileiro, que foi destruído pela Lava Jato", diz o professor da Uerj. Assista
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247 - Geógrafo, professor da UERJ e escritor brasileiro, Elias Jabbour é uma das figuras brasileiras mais eminentes considerando o estudo do desenvolvimento socioeconômico chinês durante as últimas décadas.
Em entrevista ao programa Literatura & Pensamento Crítico desta semana, Jabbour aborda diversos aspectos e conceitos fundamentais à compreensão da nova formação econômica e social que se desenha de forma ainda embrionária na China e pondera sobre as lições que podem ser apreendidas pelo Brasil neste contexto.
“No Brasil, precisamos iniciar uma guerra ideológica e geracional de caráter antineoliberal, porque o problema não é somente ganhar a eleição, mas enfrentar a hegemonia liberal no campo das ideias, no corpo do Estado brasileiro, que está empinhado de pessoas que possuem formação neoliberal. Ou seja, é uma batalha muito grande. (...) A nossa tarefa é geracional”, afirma o geógrafo, que é coautor dos livros China: o socialismo do século XXI e Socialist Economic Development in the 21st Century: A Century after the Bolshevik Revolution.
Ainda segundo ele, o Brasil precisa estabelecer um estado de emergência contra a fome e retomar as obras de infraestrutura que estão paradas.
“O grande desafio estratégico brasileiro é reconstruir o capitalismo brasileiro, que foi destruído pela (operação) Lava Jato. (...) Precisamos de um arranjo institucional no qual o próprio Estado será o agente capaz de recriar essas empresas, formando conglomerados público-privados”, conclui.
Durante a entrevista, que foi conduzida pelo jornalista Cesar Calejon, Jabbour explorou muitos outros detalhes teóricos, práticos e conceituais das características de um novo modelo de formações econômicas e sociais com base na experiência chinesa e tendo em mente o futuro do Brasil.
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