Eleonora Menicucci: "estamos vivendo um cemitério de políticas públicas"
Ex-ministra diz ter “muita esperança” de que o protagonismo das mulheres, negros e pessoas LGBT será retomado no governo Lula
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247 - Em entrevista à TV 247, a ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Brasileiras Eleonora Menicucci, coordenadora do GT das Mulheres na transição do novo governo Lula (PT), afirmou que o governo Bolsonaro transformou a área de políticas públicas do Brasil em um "cemitério".
"Nós estamos vivendo um cemitério de políticas públicas. A começar pelo orçamento. Eu, quando saí do ministério, deixei R$ 360 milhões para a Casa da Mulher Brasileira, que é um programa fundamental, e R$ 260 milhões para políticas transversais. Hoje, no Orçamento da União, tem R$ 23 milhões. R$ 13 milhões para as casas, que não dá para fazer uma sala de uma casa, e R$ 10 milhões para políticas transversais", afirmou a ex-ministra.
"A antiga SPM era executora por causa das casas, ela não era só de articulação. Aí (com Bolsonaro) ela entra para esse pântano de Ministério da Família, dos Direitos Humanos, das Mulheres e da Igualdade Racial, entra como uma diretoria, que tem esse recurso. O que se faz com R$ 23 milhões de políticas públicas?", questionou Eleonora.
Perguntada sobre como está avaliando o trabalho das mulheres na transição do novo governo Lula, a ex-ministra afirmou que está muito esperançosa: "eu diria que muita segurança de que nós conseguiremos retomar o protagonismo das mulheres no governo Lula, da população negra, da população LGBTQIA+, da população indígena. E tenho muita esperança nessas políticas de áreas temáticas que chamo de direito de reconhecimento. Estou muito esperançosa."
"Eu quero elogiar publicamente o grupo do qual estou como coordenadora, é um excelente grupo de mulheres seríssimas que estão trabalhando com todo o empenho, toda disponibilidade e compromisso para transformar esse trabalho que temos que entregar no dia 8. E tenho certeza de que o presidente Lula arcará, como sempre o fez, com as promessas que fez durante a campanha de criar o Ministério das Mulheres", concluiu.
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