“É responsabilidade do desgoverno federal”, diz Marcley Pataxó sobre violência contra indígenas

Desde o fim de junho comunidades indígenas estão cercadas por pistoleiros na região do extremo sul da Bahia

(Foto: Ueslei Marcelino - Reuters)


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247 - Os ativistas indígenas Claudia Ferreira e Marcley Pataxó, da TV Pataxó, participaram do programa Giro das Onze, da TV 247. Eles denunciaram a situação dramática vivida pelos povos originários na região do extremo sul da Bahia, que desde o fim de junho estão cercados por fazendeiros sem poder deixar as comunidades com o cerco de pistoleiros, tiros, ameaças e a atuação de uma milícia anti-indígena contra o povo Pataxó dos Territórios Indígenas de Barra Velha e Comexatibá Cahy Pequi, no extremo sul da Bahia. Nos últimos três meses, os indígenas avançaram no seu processo de auto-demarcação, com cinco retomadas. Desde então, a tensão na região aumentou.

Moradora de Teixeira de Freitas, Cláudia Ferreira disse que a região tem forte presença de empresários do agronegócio ligados ao bolsonarismo.

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“Essa é a região do povo Pataxó”, disse ela, reforçando que o interesse é pela terra dos povos indígenas. 

“O pior disso tudo são as eleições. Quanto mais certeza eles têm da eleição de Lula em primeiro turno, mais esses ataques se intensificam”, afirmou.

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“O que acontece aqui é responsabilidade do desgoverno federal”, disse Marcley Pataxó. Ele lembrou a fala do ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Sales, durante reunião da equipe ministerial em que disse que era preciso aproveitar a pandemia da Convid-19 e “passar a boaida”.

“E é o que está acontecendo no extremo sul da Bahia: uma invasão em massa de terras indígenas. A invasão e ataque em massa. Um ataque direto às nossas lideranças. Tudo isso incentivado pela fala do presidente e tirando a atuação da Funai de nossos territórios”, denunciou. 

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Na entrevista, os ativistas informaram que preparam a “Expedição Pataxó”, para mapear o “agrobanditismo e a agromorte” na região e pediram a solidariedade para financiar o documentário por meio de uma conta Pix: 55+73999138349.

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