“Discurso da paz ganhou corpo após as falas do presidente Lula”, afirma Celso Amorim

Diplomata avaliou que “há cansaço progressivo com a guerra” na Europa e nos EUA e ponderou que a ideia de líderes ocidentais de derrotar a Rússia não goza de popularidade

Celso Amorim e o presidente Lula
Celso Amorim e o presidente Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Adriano Machado | REUTERS/Marko Djurica)


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247 - O ex-chanceler Celso Amorim, agora assessor especial do presidente Lula (PT) na área internacional, afirmou em entrevista à TV 247 que as manifestações do chefe do Executivo brasileiro em defesa da paz entre Rússia e Ucrânia fizeram com que a pauta ganhasse mais relevância no debate global.

“Eu gostaria de frisar esse ponto: ninguém estava falando em paz, praticamente, a não ser o Papa Francisco, eu acho. Com o Lula falando, isso tomou corpo. Seria pretensão dizer que os chineses estão propondo a paz por causa do Lula, mas o fato é que essa proposta veio depois das manifestações do presidente Lula sempre chamando a atenção para isso: condenar sim, mas o que devemos buscar é a paz. Então acho que devemos buscar a paz e temos que estar habilitados a negociar. Então temos que negociar com a Rússia, mas também temos que conversar com os países do Ocidente que têm influência sobre a Ucrânia e com a própria Ucrânia”, opinou Amorim.

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O diplomata avaliou que “há um cansaço progressivo com relação à guerra” nos países europeus e nos Estados Unidos e, além disso, a ideia que muitos líderes ocidentais tiveram de derrotar a Rússia não está tendo muita popularidade. “Mas isso não justifica o que a Rússia fez, na minha opinião. E eu vejo muitas pessoas cansadas da guerra e não estamos vendo solução. E aí vêm os riscos, porque da mesma maneira que as pessoas, os países quando estão cansados podem tomar atitudes graves”, declarou. 

Questionado sobre o interesse de outros países em entrar no BRICS, o assessor especial de Lula brincou com o grande número de pretendentes ao bloco: “a torcida do Flamengo, eu diria (risos). Quase todos os países que se consideram potências médias para grandes e que ainda não estão no BRICS querem entrar no BRICS, fora os europeus, naturalmente. O BRICS tem um peso muito importante nas relações internacionais, acho que é natural que se possa pensar [em ampliá-lo]. O BRICS já foi ampliado uma vez, porque a África do Sul não estava inicialmente. Mas é natural que haja outros que possam entrar e vamos ver como vai esse diálogo”.

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