Dilma: extrema direita é o sintoma da doença causada pelo neoliberalismo
Ex-presidente afirma que, ao contrário do que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, a destruição no Brasil foi imposta por um golpe de estado

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247 – A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o avanço da extrema direita no Brasil e no mundo é consequência direta dos choques neoliberais que foram implantados em vários países. A entrevista faz parte da série de depoimentos que vem concedendo sobre seu governo, o golpe de 2016 e a conjuntura nacional e internacional. "A financeirização concentrou a renda e a riqueza no mundo e não há mais mobilidade social", diz ela. "Os partidos social-democratas deixaram de oferecer alternativas e apareceram os salvadores da pátria", acrescentou, citando os exemplos de Donald Trump, nos Estados Unidos, e Marine Le Pen, na França.
Dilma afirma que o Brasil foi um dos últimos países a ceder ao neoliberalismo. "Nos Estados Unidos, isso se deu por dentro do sistema. No Brasil, o processo foi imposto por um golpe", diz a ex-presidente. "Com o golpe de 2016, implantou-se uma terapia de choque no Brasil, para impor reforma trabalhista, reforma previdenciária, privatizações e teto de gastos", aponta.
Dilma também lembra que golpes não são suaves. "Provocam fome, desemprego e miséria", afirmou. "A extrema-direita ataca as consequências do neoliberalismo, mas não ataca suas raízes. O que fazem é buscar bodes expiatórios. Os extremistas europeus atacam a União Europeia e nos Estados Unidos o alvo é a globalização", reforça.
Dilma aponta ainda a saída contra o extremismo de direita. "Para conter a extrema direita, é preciso oferecer emprego decente, aposentadoria decente e saúde decente. Extrema direita é o sintoma de uma doença: o neoliberalismo", afirma.
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