‘Com diálogo, Lula tem condições de reunir votos suficientes para aprovar PEC’, diz analista político

Antônio Augusto de Queiroz lembra que a atual oposição ao governo é composta de partidos que no passado fizeram parte da base de sustentação do Lula

Lula
Lula (Foto: ABr | Reprodução)


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247 - O analista político Antonio Augusto de Queiroz, ex-diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), avalia que o texto da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, que propõe deixar o Bolsa Família de fora do teto de gastos, tem condições de ser aprovada, mas frisou que o papel de Lula será determinante para garantir a vitória no legislativo.

Segundo ele, o presidente Lula tem um perfil de diálogo, mas tem parte da sociedade hostil a seu governo. 

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“Tem um parlamento com um perfil liberal do ponto de vista econômico, fiscalista do ponto de vista da gestão, conservador do ponto de vista de valores e refratário do ponto de vista dos direitos humanos e meio ambiente. O presidente tem todas as condições de, dialogando com a sociedade, com o mercado e com o parlamento, fazer com que essas forças compreendam a necessidade de reconstrução de um país especialmente nesse momento de pós-pandemia em que se enfrenta também os efeitos de uma guerra da Rússia e da Ucrânia”, avalia.

Antonio Augusto reforça a importância do diálogo com o Congresso e com a sociedade. “O Congresso talvez seja o setor mais sensível e mais necessário porque a oposição formal ao governo na Câmara, chega a 214 deputados e no Senado 34 senadores. Isso significa dizer que se ela marchar unida, ela não apenas tem condições de criar CPIs em cada casa separadamente como nas duas conjuntamente, como impedir que se aprove emendas à Constituição. Então, é importante esse diálogo e tem uma possibilidade muito boa de o governo reunir votos suficientes inclusive para aprovar a Emenda à Constituição”, salientou.

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O analista político lembra que em 2003, quando o presidente Lula se elegeu pela primeira vez, ele tinha uma oposição no Congresso de 190 parlamentares. 

“Era uma oposição ideológica formada basicamente pelo PSDB e o PFL na época. Era uma oposição que se manteve na oposição pelos quatro anos do PT e se pautavam pela ética da convicção. A atual oposição ao governo é composta de partidos que no passado fizeram parte da base de sustentação do Lula: Republicanos, PP e PL, majoritariamente. De modo que acho que é plenamente possível dialogar com parcelas desses partidos, a parcela não bolsonarista - que tem no máximo um terço desse grupo - para reunir as condições”, argumentou.

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