Cláudio Couto: de Boulos a Meirelles, Lula forma ampla coalizão para governar o país

Professor da FGV elenca três pontos positivos da aliança com Marina Silva: amplitude, questão ambiental e diálogo com evangélicos

Marina Silva e Lula
Marina Silva e Lula (Foto: Reprodução/Youtube)


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247 - Em entrevista à TV 247, o professor e cientista político Cláudio Couto destacou a importância do apoio da ex-ministra Marina Silva (Rede) na reta final da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para Couto, independentemente de Marina não ter tido uma bom desempenho na eleição de 2018 à Presidência, sua representatividade política é forte, pois em 2010 e 2014 conseguiu, de acordo com o cientista, totalizar 20% dos votos válidos.

“Marina passou duas eleições muito bem colocada, uma votação expressiva. Além disso, a Marina expande a mensagem do Lula, assim como Alckmin, que também não teve um desempenho notável na última eleição. Marina mostra que Lula está montando uma ampla coalizão para governar o país em um processo de reconstrução nacional, tendo em vista a destruição bolsonarista no Estado e na própria democracia brasileira”, explica.

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Couto destaca que outro ponto positivo é reforçar as bases - caso Lula vença a eleição - que serão fundamentais para reconstruir o país. 

“A frente democrática precisa resistir às ameaças que o bolsonarismo significa para a democracia e que, consequentemente, requer o apoio de diferentes setores da classe política e do espectro político ideológico.  Marina traz também o benefício de que Lula está sinalizando também para a centro-esquerda, para as pessoas com uma preocupação ambiental forte. A Marina não só foi do PT por um longo período de anos e, portanto, teve uma proximidade muito grande com Lula, foi próxima do Chico Mendes, e também foi a primeira ministra que o Lula indicou no seu primeiro governo, com impacto na mensagem ambiental e internacional”, pontua

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Evangélica, Marina Silva sempre deixou clara suas convicções e será uma interlocutora muito importante para a candidatura de Lula para conversar com o eleitorado evangélico.  

“Ela tem uma postura bem firme sobre suas convicções religiosas e, sobretudo, não mistura as coisas: política pública com a orientação religiosa. Esse, inclusive, deveria ser o discurso de qualquer candidato democrático e progressista para falar com os evangélicos: que o governo e o Estado não vão estar a serviço de uma denominação religiosa ou fazendo proselitismo religioso, mas terão uma relação de respeito e diálogo com todas as orientações religiosas”, finalizou. 

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