Clarice Ferraz: Modelo de mercado aberto de eletricidade tem um problema muito sério

Professora da UFRJ e especialista em energia explica que nem investimento nem baixo preço se verificaram com a privatização do setor mundialmente

Clarice Ferraz
Clarice Ferraz (Foto: Reprodução | Agência Brasil)


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247 - Em entrevista à TV 247, a professora da UFRJ e especialista em energia Clarice Ferraz descreveu o que ela considera "um problema muito sério" na ideia de privatizar empresas de eletricidade, como a Eletrobrás.

"Assim como o que está acontecendo na Petrobrás, o que a gente tem visto as empresas de eletrecidade fazer é distribuir lucros aos seus acionistas e repassar isso para as tarifas. Aquela promessa de que a abertura do mercado deveria se traduzir em atratividade de investimentos, porque se tornaria um ambiente livre de burocracias, e que, através da competição, a gente teria um baixo preço, nenhum dos dois se verificou. Houve retração dos investimentos e aumento de preços", afirmou a professora.

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Clarice destacou que o mesmo problema foi verificado no mundo todo e apontou que "este modelo de mercado aberto de eletricidade, estruturalmente, tem um problema muito sério."

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"Agora, quando há uma entrada em massa com as renováveis ou quando há uma urgência maior em sair do gás, esse problema se amplifica, e é isso que se vê na Europa, da crise da Ucrânia até outubro. O 'mercado livre', que é o que todo mundo defende aqui, e a Europa impõe que seja via mercado, ela teve que liberar, dada a explosão da miséria e o que seria uma parada da indústria europeia numa freada só. Não pode desarticular desta forma", concluiu.

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