Caio Blat resume o cenário cultural: “foram anos de trevas para a nossa produção”

“Foi um setor inteiro arrasado, vítima de muita ignorância”, descreve o ator sobre os períodos de pandemia e de governo Bolsonaro

Ator Caio Blat
Ator Caio Blat (Foto: Reprodução/Instagram)


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247 - O ator e diretor Caio Blat, em entrevista à TV 247, relembrou o momento delicado vivido pela classe artística durante o governo Jair Bolsonaro (PL) que, aliado a um desmonte de políticas culturais, promoveu anos de “trevas” para os artistas.

“O fechamento do Ministério da Cultura, o cancelamento de todas as políticas culturais e a tentativa do governo de não pagar os beneficiários das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e, na sequência, a pandemia que fechou todos os estúdios e teatros, somaram-se para dois anos de trevas para a classe artística”, resumiu. 

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Blat, que estreia como diretor no filme “O Debate” - filme político ambientado nos bastidores televisivos durante o processo eleitoral de 2018,  conta que uma das estratégias para o filme não sofrer com a burocracia, represália e censura, assim como Marighella, foi o sigilo.

“Fizemos o filme de forma totalmente independente para não ter nenhum tipo de amarra. É um grupo de artistas que se juntou com a produtora para fazer um manifesto coletivo, através do cinema, para participar do debate da situação do país”, destacou.

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O ator também expressou sua indignação com as fake news que descaracterizam a importância de leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet, que diferentemente do que pregam o governo Bolsonaro e seus apoiadores, não serve como “mamata” para artistas. Blat destacou que toda a cadeia produtiva direta e indireta da cultura é beneficiada pela lei. A cultura, lembrou ele, é um dos motores da economia. 

“As pessoas são tão ignorantes quando criticam a Lei Rouanet porque não sabem que quando se recebe um patrocínio para uma peça, contratam-se centenas de pessoas, técnicos que vão trabalhar na produção. Foi um setor inteiro que ficou arrasado e que é vítima de muita ignorância. A produção audiovisual do Brasil devolve duas vezes o que é investido em impostos. Então, toda vez que você tem um incentivo, uma lei protegendo a nossa tela, ou um filme feito com verba incentivada, ele vai movimentar muitos empregos, a cultura, a economia”, finalizou. 

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